Economia

Negociação argentina termina sem acordo, default se aproxima

Ministro da Economia argentino disse em comunicado que os detalhes de tal reunião ainda não foram definidos, embora tenha dito que as partes se reunirão novamente


	Economia argentina: reunião de terça-feira foi histórica, a primeira vez que ambos os lados se reuniram frente a frente
 (Divulgação/Viagem e Turismo/Reprodução)

Economia argentina: reunião de terça-feira foi histórica, a primeira vez que ambos os lados se reuniram frente a frente (Divulgação/Viagem e Turismo/Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2014 às 08h18.

Nova York/Buenos Aires - Várias horas de negociações entre autoridades argentinas e investidores "holdout" acabaram sem uma resolução, afirmou o ministro da Economia argentino, Axel Kicillof, em <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/nova-york">Nova York</a></strong> na terça-feira, um dia antes de o país enfrentar um possível default.</p>

Kicillof deixou a reunião no escritório do mediador designado pelo tribunal em Manhattan por volta da 23h20 (00h20 da quarta-feira, horário de Brasília), e embora tenha dito que ambas as partes vão reunir-se novamente na quarta-feira, o mediador, Daniel Pollack, disse em comunicado que os detalhes de tal reunião ainda não foram definidos. Se um acordo não for alcançado, a Argentina corre o risco de outro default de suas obrigações soberanas.

"Não posso dar informações", disse Kicillof a repórteres. "Estamos trabalhando." A reunião de terça-feira foi histórica já que foi a primeira vez que ambos os lados se reuniram frente a frente. Em comunicado, Pollack afirmou que seria decidido durante a noite se os dois lados iriam reunir-se na quarta-feira. Embora as partes tenham tido uma "franca troca de opiniões e preocupações", as questões que as dividem ainda não estão resolvidas, completou ele.

A NML Capital, unidade da Elliott Capital Management, e a Aurelius Capital Management, os dois fundos que estão no centro da batalha legal, disseram que estão dispostos a negociar um acordo. Eles tem de receber 1,33 bilhão de dólares, mais juros, segundo a decisão do juiz distrital norte-americano Thomas Griesa, que determinou que a Argentina pague os holdouts no mesmo momento que os investidores que concordaram com a reestruturação da dívida em 2005 e 2010.

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