Economia

Comércio eletrônico cresce 61% no Natal e bate recorde

Desempenho das vendas superou expectativas e alcançou 458 milhões de reais no período das festas. Já o varejo tradicional avançou apenas 1,1%

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h21.

O desempenho do comércio eletrônico neste Natal deixou bem para trás o varejo tradicional. As vendas online somaram 458 milhões de reais entre 15 de novembro e 23 de dezembro o período natalino, de acordo com a consultoria e-Bit, especializada em internet. A cifra, 61% maior que a do ano passado, é o novo recorde do setor. Em contrapartida, o varejo tradicional avançou apenas 1,1%, segundo a Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio).

Segundo o e-Bit, a estimativa era que o comércio eletrônico alcançasse 420 milhões de reais no período natalino, mas o resultado foi quase 10% superior ao previsto. Os produtos mais vendidos foram CDs e DVDs, com 19% de participação. Em segundo lugar, aparecem empatados os produtos eletrônicos, e livros e revistas. Ambas as categorias representaram 16% das vendas.

Em todo o mês de dezembro, o faturamento foi 62% maior que o de 2004. Já no acumulado do ano, o faturamento superou 2,5 bilhões de reais cerca de 45% superior ao do ano retrasado. A pesquisa baseou-se no desempenho de 450 lojas conveniadas.

Varejo tradicional

Já a expansão do comércio tradicional ficou aquém do verificado em 2004, quando as vendas natalinas cresceram 2,7% na capital paulista. De acordo com a assessoria econômica da Fecomércio, o elevado grau de endividamento dos consumidores fez com que parte do 13º salário fosse aplicado na quitação de débitos antigos, reduzindo os recursos para compra de presentes. As vendas foram puxadas pelos bens semiduráveis 1,3% -, já que os bens duráveis ficaram aquém da média (alta de 0,8%).

O desempenho fez com que os estoques se mantivessem elevados. Para apenas 7% dos lojistas, o nível dos estoques foi menor. Já 47% responderam que os estoques ficaram no mesmo nível de 2004, enquanto para outros 45%, o indicador foi maior.

A pesquisa da Fecomércio considera o período de 15 de novembro a 24 de dezembro e envolveu 120 lojas da capital paulista. Não foram computados estabelecimentos cujas vendas não são características de Natal, como concessionárias de automóveis ou lojas de materiais de construção.

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