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Exportações brasileiras batem recorde em 2005

O saldo da balança comercial também foi o mais alto da história: 44,7 bilhões de dólares

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h02.

O câmbio não ajudou muito, mas preços convidativos de diversos produtos no cenário internacional fizeram com que o Brasil atingisse exportações recordes em 2005. Os dados da balança comercial, divulgados nesta segunda-feira (2/1), mostram que a desvalorização do dólar frente ao real não chegou a prejudicar o desempenho do país no mercado internacional. As exportações fecharam em 118,3 bilhões de dólares, o que representa um crescimento de 22,6% com relação ao ano anterior.

"A cotação de algumas commodities ajudou, como no caso do minério de ferro. Mas também tivemos aumento no volume exportado, como nos eletroeletrônicos, que cresceram 59%", disse o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan.

Como as importações cresceram menos do que o esperado (17%), o país fechou o ano de 2005 com saldo recorde na balança comercial: 44,7 bilhões de dólares. No entanto, o ministro fez questão de deixar claro que o superávit não é o mais importante para o país nesse momento. "O que importa são as vendas externas. Além disso, grande parte das importações são de componentes eletrônicos, o que é extremamente sadio para um país como o Brasil", afirmou o ministro. A queda das importações, verificada principalmente nos últimos meses de 2005, pode ser um reflexo do desaquecimento da economia nos últimos trimestres.

Com esse resultado, a participação do Brasil no comércio internacional cresceu ligeiramente, passando de 1,06% em 2004 para 1,13% em 2005. Enquanto as exportações brasileiras cresceram cerca de 23%, a média mundial deverá fechar em 14%, segundo o Fundo Monetário Internacional.

Além dos aparelhos eletrônicos, também contribuíram para o crescimento das exportações a categoria de petróleo e derivados (58%) e minérios metalúrgicos (53%). Já a soja, terceiro principal produto na pauta de exportações, viu suas vendas caírem 5,7% em 2005, prejudicadas principalmente pela seca no Sul do país.

Previsões para 2006

Mesmo com o câmbio permanecendo no atual patamar 2,35 reais por dólar o Brasil ainda conseguirá bater um novo recorde nas exportações também neste ano. De acordo com as previsões feita pela equipe do ministro Furlan, as vendas de produtos brasileiros no exterior somarão 132 bilhões de dólares em 2006. "Se o câmbio ajudar, esse número pode ser ainda melhor", disse o ministro.

No final desse mês, Furlan deverá viajar novamente para a China. A idéia é fortalecer as negociações sobre a venda de álcool naquele país, que já é o terceiro maior parceiro comercial do Brasil, logo atrás da Argentina.

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