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Moody’s não vê Olimpíada ajudando muito a economia

Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro não ajudarão muito a combalida economia brasileira, segundo a agência

Sede da Moody's: agência de classificação de crédito se concentrou no impacto do turismo olímpico (REUTERS/Brendan McDermid)
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Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2016 às 22h01.

Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro não ajudarão muito a combalida economia brasileira, mas algumas empresas deverão colher benefícios significativos, escreveu a Moody’s Investors Service em um relatório publicado na segunda-feira.

A agência de classificação de crédito se concentrou no impacto do turismo olímpico, especificamente nos 350.000 espectadores que o governo estima que visitarão o Rio durante a Olimpíada em agosto e os Jogos Paraolímpicos, em setembro. A agência não considerou os possíveis efeitos de contágio do vírus Zika, que aparece como um alerta para analistas econômicos. Alguns atletas expressaram preocupação em relação a viajar para o Brasil e pelo menos um especialista em saúde pública defendeu a mudança de sede da Olimpíada.

Sem fazer qualquer menção ao Zika, os analistas da Moody’s, liderados por Bárbara Mattos, escreveram que a atividade maior de varejo e o aumento dos gastos dos turistas em moeda estrangeira podem beneficiar a Cielo, a maior processadora de pagamentos com cartões do Brasil. A Localiza Rent a Car, locadora de veículos oficial dos Jogos Olímpicos e a Latam Airlines, companhia aérea oficial dos membros do Comitê Olímpico Internacional, também tendem a ganhar.

Os benefícios mais duradouros serão revertidos para a região metropolitana do Rio de Janeiro, onde os eventos serão realizados, disse a Moody’s. Excluindo as instalações esportivas, a cidade recebeu cerca de R$ 25 bilhões (US$ 7,1 bilhões) em investimentos em infraestrutura -- rodovias, portos e outros projetos -- como resultado dos preparativos para as Olimpíadas. O legado olímpico inclui ainda uma expansão do metrô e um projeto de transporte a partir do aeroporto doméstico Santos Dumont, que pode tornar o ambiente da cidade mais eficiente para os negócios, disse a Moody’s.

O Brasil está passando por uma recessão esmagadora e por uma turbulência política que provocou o afastamento de Dilma Rousseff da presidência três meses antes do início das Olimpíadas. A Moody’s disse que as Olimpíadas são neutras para a qualidade de crédito soberano do Brasil e que a economia do Brasil ainda deverá encolher 3,7 por cento neste ano.

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A agência de classificação de crédito se concentrou no impacto do turismo olímpico, especificamente nos 350.000 espectadores que o governo estima que visitarão o Rio durante a Olimpíada em agosto e os Jogos Paraolímpicos, em setembro. A agência não considerou os possíveis efeitos de contágio do vírus Zika, que aparece como um alerta para analistas econômicos. Alguns atletas expressaram preocupação em relação a viajar para o Brasil e pelo menos um especialista em saúde pública defendeu a mudança de sede da Olimpíada.

Sem fazer qualquer menção ao Zika, os analistas da Moody’s, liderados por Bárbara Mattos, escreveram que a atividade maior de varejo e o aumento dos gastos dos turistas em moeda estrangeira podem beneficiar a Cielo, a maior processadora de pagamentos com cartões do Brasil. A Localiza Rent a Car, locadora de veículos oficial dos Jogos Olímpicos e a Latam Airlines, companhia aérea oficial dos membros do Comitê Olímpico Internacional, também tendem a ganhar.

Os benefícios mais duradouros serão revertidos para a região metropolitana do Rio de Janeiro, onde os eventos serão realizados, disse a Moody’s. Excluindo as instalações esportivas, a cidade recebeu cerca de R$ 25 bilhões (US$ 7,1 bilhões) em investimentos em infraestrutura -- rodovias, portos e outros projetos -- como resultado dos preparativos para as Olimpíadas. O legado olímpico inclui ainda uma expansão do metrô e um projeto de transporte a partir do aeroporto doméstico Santos Dumont, que pode tornar o ambiente da cidade mais eficiente para os negócios, disse a Moody’s.

O Brasil está passando por uma recessão esmagadora e por uma turbulência política que provocou o afastamento de Dilma Rousseff da presidência três meses antes do início das Olimpíadas. A Moody’s disse que as Olimpíadas são neutras para a qualidade de crédito soberano do Brasil e que a economia do Brasil ainda deverá encolher 3,7 por cento neste ano.

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