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Milhares de pessoas rejeitam cortes em 80 cidades da Espanha

Marcha em Madri tinha o lema ''Querem arruinar o país, é preciso impedir, somos mais''

Protestos em Madri: O protesto na capital reuniu cerca de 40 mil participantes (©AFP / cesar manso)
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Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2012 às 18h01.

Madri - Milhares de pessoas se manifestaram nesta quinta-feira em mais de 80 cidades da Espanha de forma pacífica e entoando palavras de ordem contra as últimas medidas do governo, que foi advertido por sindicalistas de que as mobilizações serão mantidas até que modifique sua política de cortes de direitos sociais.

Com o lema ''Querem arruinar o país, é preciso impedir, somos mais'', os secretários gerais das centrais sindicais CCOO, Ignacio Fernández Toxo, e UGT, Cándido Méndez, lideraram a marcha em Madri contra a alta do IVA, o corte dos seguros-desemprego e a supressão do salário extra de Natal aos funcionários.

Associações e organizações sindicais, profissionais, sociais, culturais, estudantis, juízes e consumidores vão se somando a uma convocação para frear o que se chamou no manifesto lido em Madri de ''agressão aos fundamentos da própria democracia''.

O protesto na capital - na qual os slogans mais repetidos pediam renúncia do Executivo e exigiam que o próximo desempregado seja um deputado - reuniu cerca de 40 mil participantes, segundo fontes policiais, apesar dos organizadores elevarem esse número para 600 mil.

No percurso puderam ser vistos rostos conhecidos do mundo do cinema, como o ator Javier Bardem - acompanhado pela mãe, Pilar, e pelo irmão, Carlos - que denunciou que a alta do IVA para espetáculos representará ''a última gota para uma categoria em crise''.

Em Barcelona milhares de pessoas (400 mil segundo os sindicatos e 40 mil segundo a polícia local) se manifestaram pacificamente em uma passeata ruidosa na qual grupos de bombeiros atiraram explosivos e gás.

O lema ''Pelos direitos sociais da cidadania - compromisso social para o progresso'' estampava o cartaz que abria a manifestação de Sevilha, onde estavam vários dirigentes socialistas.


Em Zaragoza, a convocação foi apoiada majoritariamente pelos cidadãos, que cantaram palavras de ordem como ''esses empresários nos querem como escravos'', ''não são cortes, é um golpe de Estado'' ou ''mãos ao alto, que lá vêm os mercados''.

Em Valência, a manifestação não foi liderada pelos sindicalistas, mas teve a presença de outros coletivos entre os quais se encontravam trabalhadores da ''Radiotelevisión Valenciana'' (televisão local) protestando pelo Expediente de Regulamento de Empregos (ERE), que extinguirá os contratos da maioria dos funcionários.

No País Basco, a maior manifestação foi a de Bilbao, onde os líderes da CCOO e da UGT chamaram à unidade sindical, depois que as centrais nacionalistas ELA e LAB convocaram uma greve geral, lá e em Navarra, para 26 de setembro.

A manifestação de Palma de Mallorca foi um protesto multicolorido, onde se podiam ver funcionários e empregados públicos vestidos de negro, bombeiros de vermelho, policiais nacionais de azul marinho e professores do ensino público de verde, repetindo palavras de ordem como ''há solução, Mariano renuncia''.

Na Galícia, a manifestação de Santiago contou com a maior participação e nela se gritaram frases como ''o dinheiro dos banqueiros, o salário dos operários'' ou ''queremos trabalhar e não emigrar''.

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Madri - Milhares de pessoas se manifestaram nesta quinta-feira em mais de 80 cidades da Espanha de forma pacífica e entoando palavras de ordem contra as últimas medidas do governo, que foi advertido por sindicalistas de que as mobilizações serão mantidas até que modifique sua política de cortes de direitos sociais.

Com o lema ''Querem arruinar o país, é preciso impedir, somos mais'', os secretários gerais das centrais sindicais CCOO, Ignacio Fernández Toxo, e UGT, Cándido Méndez, lideraram a marcha em Madri contra a alta do IVA, o corte dos seguros-desemprego e a supressão do salário extra de Natal aos funcionários.

Associações e organizações sindicais, profissionais, sociais, culturais, estudantis, juízes e consumidores vão se somando a uma convocação para frear o que se chamou no manifesto lido em Madri de ''agressão aos fundamentos da própria democracia''.

O protesto na capital - na qual os slogans mais repetidos pediam renúncia do Executivo e exigiam que o próximo desempregado seja um deputado - reuniu cerca de 40 mil participantes, segundo fontes policiais, apesar dos organizadores elevarem esse número para 600 mil.

No percurso puderam ser vistos rostos conhecidos do mundo do cinema, como o ator Javier Bardem - acompanhado pela mãe, Pilar, e pelo irmão, Carlos - que denunciou que a alta do IVA para espetáculos representará ''a última gota para uma categoria em crise''.

Em Barcelona milhares de pessoas (400 mil segundo os sindicatos e 40 mil segundo a polícia local) se manifestaram pacificamente em uma passeata ruidosa na qual grupos de bombeiros atiraram explosivos e gás.

O lema ''Pelos direitos sociais da cidadania - compromisso social para o progresso'' estampava o cartaz que abria a manifestação de Sevilha, onde estavam vários dirigentes socialistas.


Em Zaragoza, a convocação foi apoiada majoritariamente pelos cidadãos, que cantaram palavras de ordem como ''esses empresários nos querem como escravos'', ''não são cortes, é um golpe de Estado'' ou ''mãos ao alto, que lá vêm os mercados''.

Em Valência, a manifestação não foi liderada pelos sindicalistas, mas teve a presença de outros coletivos entre os quais se encontravam trabalhadores da ''Radiotelevisión Valenciana'' (televisão local) protestando pelo Expediente de Regulamento de Empregos (ERE), que extinguirá os contratos da maioria dos funcionários.

No País Basco, a maior manifestação foi a de Bilbao, onde os líderes da CCOO e da UGT chamaram à unidade sindical, depois que as centrais nacionalistas ELA e LAB convocaram uma greve geral, lá e em Navarra, para 26 de setembro.

A manifestação de Palma de Mallorca foi um protesto multicolorido, onde se podiam ver funcionários e empregados públicos vestidos de negro, bombeiros de vermelho, policiais nacionais de azul marinho e professores do ensino público de verde, repetindo palavras de ordem como ''há solução, Mariano renuncia''.

Na Galícia, a manifestação de Santiago contou com a maior participação e nela se gritaram frases como ''o dinheiro dos banqueiros, o salário dos operários'' ou ''queremos trabalhar e não emigrar''.

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