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MG está para decretar calamidade financeira, diz secretário

"Não tenho como pagar. Estamos acumulando déficit e, daqui a pouco, isso vai explodir", afirmou Bicalho

MG: além dos gastos com serviço da dívida e também com aposentadoria, o secretário atribuiu a crise fiscal de Minas a outros fatores estruturais (Murilof/Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2016 às 13h15.

Rio - O secretário de Fazenda de Minas Gerais , José Afonso Bicalho, alertou nesta quinta-feira, 15, para o risco de o Estado decretar estado de calamidade financeira, como o Rio de Janeiro .

Segundo ele, o déficit projetado para o período de 2014 a 2017 é de R$ 25 bilhões. "Não tenho como pagar. Estamos acumulando déficit e, daqui a pouco, isso vai explodir", afirmou Bicalho, ao participar do Fórum Nacional, no Rio.

Ele destacou que 25% da atual dívida dos Estados foi contraída com bancos e não com a União, e está atrelada ao dólar. "A dívida nova é indexada ao câmbio e pode ser um problema para frente. Não temos receita em dólar", disse o secretário.

Além dos gastos com serviço da dívida e também com aposentadoria, o secretário atribuiu a crise fiscal de Minas a outros fatores estruturais, que, em sua opinião, não podem ser solucionados sem que a Constituição seja alterada.

Ele destacou despesas com o pagamento de salários nas áreas de educação e saúde, e de outros grupos de trabalhadores, como da Justiça, vinculadas à União. Toda vez que o governo federal concede reajustes salariais, a despesa de Minas cresce.

"Uma retomada (na economia) não será suficiente para aliviar os Estados. Sem mexer na Constituição, não chegaremos a um equilíbrio", afirmou o secretário.

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Rio - O secretário de Fazenda de Minas Gerais , José Afonso Bicalho, alertou nesta quinta-feira, 15, para o risco de o Estado decretar estado de calamidade financeira, como o Rio de Janeiro .

Segundo ele, o déficit projetado para o período de 2014 a 2017 é de R$ 25 bilhões. "Não tenho como pagar. Estamos acumulando déficit e, daqui a pouco, isso vai explodir", afirmou Bicalho, ao participar do Fórum Nacional, no Rio.

Ele destacou que 25% da atual dívida dos Estados foi contraída com bancos e não com a União, e está atrelada ao dólar. "A dívida nova é indexada ao câmbio e pode ser um problema para frente. Não temos receita em dólar", disse o secretário.

Além dos gastos com serviço da dívida e também com aposentadoria, o secretário atribuiu a crise fiscal de Minas a outros fatores estruturais, que, em sua opinião, não podem ser solucionados sem que a Constituição seja alterada.

Ele destacou despesas com o pagamento de salários nas áreas de educação e saúde, e de outros grupos de trabalhadores, como da Justiça, vinculadas à União. Toda vez que o governo federal concede reajustes salariais, a despesa de Minas cresce.

"Uma retomada (na economia) não será suficiente para aliviar os Estados. Sem mexer na Constituição, não chegaremos a um equilíbrio", afirmou o secretário.

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