Mercosul oferece "desenvolvimento inclusivo", diz Dilma
Desde criação do bloco em 1991, "comércio no bloco cresceu mais do que 11 vezes, o dobro do comércio global", afirmou presidente
Da Redação
Publicado em 29 de julho de 2014 às 18h24.
São Paulo - A presidente Dilma Rousseff afirmou na tarde desta terça-feira, 29, que o Mercosul contribuiu para consolidar o espaço político e econômico na América do Sul.
"Desde a assinatura do Tratado de Assunção (em 1991, que criou o mercado comum) o comércio no bloco cresceu mais do que 11 vezes, o dobro do comércio global", afirmou durante discurso na Cúpula do Mercosul e Estados associados, em Caracas, na Venezuela.
A presidente acrescentou que o comércio brasileiro com países do bloco cresceu mais do que com "outros importantes parceiros tradicionais." Segundo Dilma, o Mercosul é compromisso dos países do continente com o desenvolvimento inclusivo.
"O Mercosul é um espaço político, amplo, democrático e plural", afirmou.
A presidente disse que os países do bloco compartilham da "lógica de integração". "Queremos uma lógica economicamente consistente e que seja socialmente justa", afirmou. Dilma destacou ainda que hoje o bloco possui 45 projetos aprovados que somam US$ 1,4 bilhão em áreas como habitação e transporte.
Mercado interno
A presidente brasileira também disse que a ampliação do mercado interno ajuda os países do Mercosul no enfrentamento de algumas "instabilidades visíveis" no quadro internacional. Segundo Dilma, foi o mercado interno o grande motor do desenvolvimento nessas nações.
Em seguida, a presidente elogiou a ampliação do Mercosul e exaltou a adesão da Bolívia como um "passo importantíssimo" para o grupo.
Segundo Dilma, o bloco deve agora buscar a implementação da desgravação tarifária para permitir a criação de uma área de livre-comércio.
A presidente salientou, no entanto, que os países do Mercosul não podem "negligenciar a inserção de nossas economias no mundo global".
Afirmou, também, que o Mercosul já entregou à União Europeia uma oferta de acordo "compatível com os compromissos assumidos em 2010". Dilma disse que, agora, o bloco aguarda uma contrapartida e defendeu que um acordo só será possível com um "intercâmbio simultâneo de ofertas".