Exame Logo

Mercado volta a ficar de olho nas eleições

Se o mercado já deu como certa a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva como afirmam alguns analistas, o pronunciamento do Partido dos Trabalhadores nesta quinta-feira (18/10), na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), deve ter impacto nas negociações do dia. O PT divulgará seus planos para o mercado de capitais. […]

EXAME.com (EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h19.

Se o mercado já deu como certa a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva como afirmam alguns analistas, o pronunciamento do Partido dos Trabalhadores nesta quinta-feira (18/10), na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), deve ter impacto nas negociações do dia. O PT divulgará seus planos para o mercado de capitais.

Sem pressão imediata de novos vencimentos de títulos cambiais (o próximo acontece em 15 dias) e sem previsão de divulgação de indicadores da economia interna, o mercado deve retornar ao assunto eleições. A transição do governo volta ao primeiro plano com o encontro, às 11h, entre uma equipe do PT - com a presença de Antonio Palocci, coordenador da campanha de Lula, e o senador eleito Aloísio Mercadante - e empresários.

Veja também

Segundo informações do PT, o Plano Diretor para o Mercado - elaborado pela equipe do partido, com colaboração de representantes da Bovespa e da Associação Brasileira dos Analistas do Mercado de Capitais (Abamec) - trará as propostas do partido para "dinamizar o funcionamento da Bolsa, que hoje opera com baixo volume de negócios, e contribuir para a retomada do desenvolvimento econômico." O documento tomou como base o Plano Diretor do Mercado de Capitais divulgado por 24 entidades, entre elas a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a Fiesp e a BM&F.

Tesouro Nacional

O Tesouro Nacional fará oferta de NTN-C (títulos indexados ao IGP-M). O aumento da demanda por títulos indexados à inflação no último mês tem levado o Tesouro a realizar leilões adicionais de NTN-Cs além do tradicional realizado no final de cada mês. Em setembro, o Tesouro vendeu cerca de R$ 2 bilhões em dois leilões realizados ao longo do mês além dos cerca de R$ 1,47 bilhão vendido na primeira etapa do leilão tradicional de NTN-Cs feito nos dias 27 e 30 de setembro. No final de agosto, foram vendidos cerca de R$ 524 milhões.

Em outubro, o Tesouro já vendeu cerca de R$ 1 bilhão em NTN-Cs para liquidação financeira em 1 de novembro e, hoje, oferta mais 500 mil NTN-Cs (equivalente a cerca de R$ 600 milhões) com vencimento em 01/12/2005 também para iquidação financeira em 1 de novembro.

O mercado ontem

Banco Central rolou 60% do vencimento cambial desta quinta-feira, vendendo o equivalente a cerca de US$ 285 milhões em swaps cambiais com vencimento em 1/11/2002. Com este leilão, o Banco Central rolou o equivalente a cerca de US$ 2,23 bilhões do cerca de US$ 3,7 bilhões em títulos e swaps cambiais que ocorre hoje.

Com os cerca de US$ 1,47 bilhão deste vencimento que não foram rolados, o Banco Central já retirou o equivalente a cerca de US$ 7,9 bilhões de hedge cambial do mercado desde o início do ano. O Banco Central deve anunciar nos próximos dias mais alguns leilões de swap cambial visando rolar o próximo vencimento cambial que ocorrerá no dia 23 de outubro (cerca de US$ 1,1 bilhão).

A Bovespa registrou queda de 1,6%, influenciada pelos mercados externos e pelo vencimento do contrato de índice na BM&F. O Ibovespa encerrou o dia a 8.370 pontos e um volume negociado de 705,3 milhões de reais. Em dólares, os preços na bolsa paulista voltaram aos níveis de 1993. Isso porque, além do forte movimento de venda que o mercado enfrentando, o dólar está em patamares elevados. Ontem, a moeda americana fechou vendida a 3,92 reais, alta de 1,95%.

Indicadores de hoje

Nos Estados Unidos, serão divulgados os índices de produção industrial e de utilização da capacidade instalada da indústria, ambos referente ao mês de setembro.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame