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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h54.
Os agentes econômicos ouvidos na última semana pelo Banco Central (BC) em seu Relatório de Mercado continuam estimando que a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na terça (15/6) e quarta-feira (16/6), não irá alterar a taxa básica de juros da economia, a Selic, atualmente em 16% ao ano. Mas, em uma das diferenças em relação ao levantamento anterior, estenderam essa expectativa de imobilismo, pela primeira vez, também para o mês de julho. Na semana passada, o relatório trazia uma estimativa de queda de 0,25 ponto percentual.
A outra mudança é que, rompendo uma seqüência de altas, o mercado agora acredita que a inflação acumulada nos próximos 12 meses será de 5,98%, quando há uma semana esperava 6,09%. Porém, pela quinta vez consecutiva, as expectativas de mercado quanto à inflação de 2004 são piores do que o registrado na semana anterior pelo relatório. As projeções apontam para uma inflação de 6,61% para 2004.
Ambos são palpites sobre o comportamento do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a baliza oficial para as metas de inflação que o BC deve perseguir, e o Copom considera em primeiro lugar na hora de decidir sobre a Selic.
Crescimento
Pela 11ª semana consecutiva, e a despeito do pessimismo em relação à inflação oficial e à redução dos juros, o mercado concorda com o governo na estimativa de um crescimento de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. Outro indício de credibilidade da equipe econômica é que há 59 semanas o mercado projeta o alcance de um superávit primário de 4,25% do PIB. A expectativa de resultado do saldo comercial em 31 de dezembro de 2004 subiu de 26,10 bilhões de dólares para 27 bilhões. A projeção de investimentos estrangeiros diretos não mudou, e continua baixa: 11 bilhões de dólares no ano.