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Mercado interno salvará Brasil de nova crise, avalia ex-analista do BC

Para Newton Marques, "discutir câmbio virou discurso morto"

Mercado interno garante a força da economia brasileira (Divulgação/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2011 às 08h59.

Brasília - O mercado interno salvará novamente o Brasil de uma crise econômica mundial. A previsão é do ex-analista econômico do Banco Central (BC) e membro do Conselho Federal de Economia Newton Marques. Para ele, questionar o câmbio neste momento de rebaixamento da nota da dívida dos Estados Unidos (EUA) é “discurso morto”, porque não haverá mercado satisfatório no exterior.

“O dólar está caindo no mundo inteiro. Isso desmotiva a venda [por parte dos empresários brasileiros] para o exterior. Só que com a crise atual não haverá, no exterior, motivação nem mercado para a compra de produtos brasileiros. Discutir câmbio, portanto, virou discurso morto, porque, na verdade, o que faltará é mercado externo”, disse à Agência Brasil o economista que é também professor da Universidade de Brasília (UnB).

Segundo ele, a crise certamente afetará o Brasil. “Mas é daquelas situações em que damos um passo para trás para, depois, darmos dez passos à frente, numa situação mais privilegiada do que os demais”, explica. “Primeiro, porque o Brasil está com o sistema financeiro ajustado e com reservas que superam os US$ 300 bilhões. Se o câmbio é problema, é problema para todos. Não apenas para os nossos empresários”, disse.

“Depois, porque o Brasil é um dos poucos países que ainda têm fronteiras agrícolas que podem ser ampliadas, nos dando condições de abastecer o mundo inteiro, e fontes de matérias-primas. Além disso, com os programas de distribuição de renda, o país aumenta cada vez mais sua massa salarial. Ou seja, há mercado interno. Por isso, se os investidores estrangeiros olharem com cuidado para o Brasil, certamente verão que somos a menina dos olhos do mundo”, argumentou o ex-analista do BC. “Nesse ponto, precisamos dar a mão à palmatória ao ex-presidente Lula [Luiz Inácio Lula da Silva]”, completou.

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“O dólar está caindo no mundo inteiro. Isso desmotiva a venda [por parte dos empresários brasileiros] para o exterior. Só que com a crise atual não haverá, no exterior, motivação nem mercado para a compra de produtos brasileiros. Discutir câmbio, portanto, virou discurso morto, porque, na verdade, o que faltará é mercado externo”, disse à Agência Brasil o economista que é também professor da Universidade de Brasília (UnB).

Segundo ele, a crise certamente afetará o Brasil. “Mas é daquelas situações em que damos um passo para trás para, depois, darmos dez passos à frente, numa situação mais privilegiada do que os demais”, explica. “Primeiro, porque o Brasil está com o sistema financeiro ajustado e com reservas que superam os US$ 300 bilhões. Se o câmbio é problema, é problema para todos. Não apenas para os nossos empresários”, disse.

“Depois, porque o Brasil é um dos poucos países que ainda têm fronteiras agrícolas que podem ser ampliadas, nos dando condições de abastecer o mundo inteiro, e fontes de matérias-primas. Além disso, com os programas de distribuição de renda, o país aumenta cada vez mais sua massa salarial. Ou seja, há mercado interno. Por isso, se os investidores estrangeiros olharem com cuidado para o Brasil, certamente verão que somos a menina dos olhos do mundo”, argumentou o ex-analista do BC. “Nesse ponto, precisamos dar a mão à palmatória ao ex-presidente Lula [Luiz Inácio Lula da Silva]”, completou.

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