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Mercado interno mais forte marcará expansão do PIB

Retomada do consumo doméstico será a grande novidade da expansão econômica, segundo a consultoria Tendências

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h59.

O fortalecimento do mercado interno será a marca do crescimento econômico nos próximos trimestres. Os primeiros sinais devem aparecer na divulgação, no final deste mês, dos dados de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre. Para o economista Juan Jensen, da Tendências Consultoria, "se o setor externo foi de fundamental importância nos últimos três anos, a partir da divulgação deste trimestre veremos que é a absorção doméstica que estará dando dinâmica ao PIB".

Segundo a Tendências, o mercado interno apresentará o melhor desempenho desde o primeiro trimestre de 2001. A partir daquele período, a economia brasileira enfrentou diversos choques, e o mercado interno começou a declinar. Para a consultoria, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgar a alta do PIB no segundo trimestre, os dados mostrarão que a força do mercado interno se baseia, em primeiro lugar, no maior volume de investimentos. A Tendências projeta, para este item, um avanço de 11,2% no período, o maior desde 2000 (clique aqui e leia reportagem de EXAME sobre os caminhos para que o Brasil volte a crescer de modo sustentado).

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Outro destaque será a elevação de consumo das famílias, estimada pela consultoria em 3,3%, a mais forte desde o começo de 2001. A última componente do consumo interno são as compras do governo, que têm crescido uniformemente nos últimos anos. Por isso, a Tendências projeta um incremento de 1,8% para elas.

Outras projeções

A estimativa da Tendências é que o crescimento global do PIB, no segundo trimestre, seja de 4,6% sobre o mesmo período de 2003 e de 1%, no cálculo desassonalizado, em relação ao primeiro trimestre deste ano. O destaque do período será a expansão do PIB industrial, estimada pela consultoria em 7,6%. A indústria será impulsionada pelo avanço dos segmentos de transformação (9,6%) e construção civil (6,4%).

Já o PIB de serviços subirá 2,6%, com destaque para as atividades de comércio (7,6%). A consultoria avalia que o PIB agropecuário crescerá 1,7%, ritmo inferior ao apresentado nos últimos meses. As exportações, neste trimestre, terão seu impacto reduzido pelo aumento mais forte das importações. A consultoria estima que as vendas ao exterior crescerão 17,6% no trimestre, em relação a igual período de 2003. Já as importações avançarão mais (21,3%).

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