Mesmo depois da confirmação pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de que vai aumentar em agosto seu fornecimento diário em 500 mil barris, o mercado internacional continua receoso de que a capacidade global de produção não seja suficiente para dar conta da elevação do consumo e para cobrir eventuais rupturas no abastecimento.

Nesta sexta-feira (23/7), o contrato de petróleo com entrega em setembro fechou a 41,68 dólares o barril, alta de 0,32 dólar. Em Londres, o tipo Brent para setembro subiu 0,26 dólar, para 38,26 dólares.

O dia foi marcado por uma série de incidentes afetando a produção. A maior refinaria da Alemanha foi atingida por um incêndio, uma greve paralisou uma refinaria da Coréia do Sul e o trabalho de uma unidade no Texas foi interrompido por blecaute.

O ambiente está tão propício a especulações que o temor de atentados a operações petrolíferas na Arábia Saudita e Iraque neste final de semana foi suficiente para puxar ainda mais os preços no fim do dia.

O próximo mês é o período crítico de consumo de gasolina e diesel nos Estados Unidos. Também em agosto a maior petrolífera russa, a Yukos, pode decretar falência.

Yukos

A agência de notícias Dow Jones divulgou que um grupo de investidores sediado no Reino Unido propôs o pagamento da dívida de 3,4 bilhões de dólares em impostos da Yukos, em troca de participação acionária. A proposta consta de uma carta de 21/7 endereçada ao presidente russo Vladimir Putin.