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Menor imagem de insegurança estimula turismo brasileiro

“Um terço dos turistas manifesta intenção de subir o morro”, destacou Daniel Plá, da FGV

Vista geral do Rio de Janeiro: o economista salientou também que a crise econômica internacional deve contribuir para a chegada de europeus (Michael Regan/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2012 às 12h46.

Rio de Janeiro - O turismo no Brasil e, em especial, o no estado do Rio de Janeiro, vêm passando um período positivo, avalia o economista da Fundação Getulio Vargas (FGV) Daniel Plá, ao comentar os resultados do estudo Economia do Turismo: Perspectiva Macroeconômica 2003-2009, divulgado hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Ser eleito para sediar a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 gerou um impacto muito grande na opinião pública”, destacou. Segundo ele, um dos grandes empecilhos ao turismo no Brasil era a questão da violência. Entretanto, com o surgimento das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), que começaram a ser implantadas em 2008, a imagem do país e do Rio de Janeiro melhorou. Na avaliação dele, essas estruturas também mostraram que o governo estava encontrando solução para o problema.

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Atualmente, as comunidades cariocas passaram a ser vistas como ponto turístico. “Um terço dos turistas manifesta intenção de subir o morro”, disse Plá.

Ele alerta, entretanto, que o Brasil é um dos destinos mais caros do mundo para os visitantes estrangeiros em razão, principalmente, do custo alto das passagens aéreas e dos hotéis. “Isso atrapalha a indústria do turismo”.

Segundo o professor da FGV, os preços do setor de serviços ligados ao turismo foram os que mais subiram no período. Por causa disso, “proliferaram de forma fantástica” no Rio de Janeiro os hostels (tipo de albergue), desde os Jogos Pan-Americanos de 2007. “Só Ipanema tem hoje mais de 30 hostels de diferentes portes para atender turistas de menor renda que não conseguem ficar nos hotéis convencionais”. Esse tipo de hospedagem constitui uma grande alternativa, frisou Daniel Plá, para atender os visitantes que virão para os grandes eventos no país, em 2014 e 2016.

O economista salientou também que a crise econômica internacional deve contribuir para a chegada de europeus, com qualificação na área de turismo, que estão fugindo do desemprego em seus países de origem. Na avaliação dele, esses profissionais “podem ajudar muito a indústria turística nacional”.

O economista Christian Travassos, da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ), assegurou que é grande o potencial a ser explorado no Brasil. Segmentos importantes como o turismo rural, turismo ecológico e turismo cultural são diferenciais que confirmam que o setor deve ser mais incentivado. “São chamarizes importantes para o aquecimento do setor.”

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