Economia

Negociações da Previdência na CCJ estão “encaminhadas”, diz Marinho

Segundo secretário especial, mudanças no texto foram acertadas e agora os líderes partidários deverão conversar com suas bancadas

Rogério Marinho, secretário especial da Previdência (Ricardo Moraes/Reuters)

Rogério Marinho, secretário especial da Previdência (Ricardo Moraes/Reuters)

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Reuters

Publicado em 23 de abril de 2019 às 12h02.

Última atualização em 23 de abril de 2019 às 12h39.

Brasília — O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, explicou nesta terça-feira, 23, que prosseguem as negociações sobre o texto da reforma da Previdência e que uma definição deve acontecer até meio-dia.

Após reunião com líderes nesta manhã, Marinho esclareceu que as negociações estão bem encaminhadas, e que agora os líderes deverão conversar com suas bancadas.

A votação da admissibilidade da proposta de reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados está prevista para esta tarde. Após o adiamento da votação na semana passada, o texto deve trazer alterações demandas por parlamentares do chamado centrão.

"Informalmente"

O líder do PP na Câmara dos Deputados, Arthur Lira (AL), disse que saberá informalmente às 12h30 se há um acerto para votar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.

Lira disse a jornalistas, após reunião com o secretário especial de Trabalho e Previdência do Ministério da Economia, Rogério Marinho, que houve avanços na negociação com o governo, mas afirmou que é preciso fazer consultas com outras lideranças partidárias.

Ele lembrou que nunca em nenhum projeto de Previdência o texto foi alterado ainda na CCJ, o que considera uma demonstração de boa vontade do governo. "Não somos base aliada, somos partidos que querem aprovar Previdência. Temos tempo suficiente antes da abertura da CCJ para partidos terem posição definida", completou.

Já o líder do PR, Wellington Roberto (PB), disse que ainda não está satisfeito com as mudanças conversadas com o governo. "Estamos conversando, houve avanço, mas vamos conversar com outros líderes. Estamos definindo temas em que a negociação ainda pode avançar", comentou.

Ele afirmou que os partidos poderão ajudar a base do governo a "enfrentar" a oposição. "Se tiver acordo, votaremos, se não, faremos nosso papel", completou.

O secretário Marinho disse ainda que será dada publicidade a dados desagregados da reforma e que na quinta-feira essas informações serão passadas em conversa com os partidos. "Não mudamos o que estamos falando desde 22 de fevereiro, quando a reforma foi entregue, dissemos que, por ocasião da discussão do mérito, entregaríamos dados desagregados", comentou. "Não há da nossa parte nenhuma dificuldade de ter transparência nesse processo."

A CCJ deve se reunir às 14h30, e a votação da admissibilidade da PEC da reforma está na pauta do colegiado.

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