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Marinho defende tratamento diferenciado aos militares na reforma

Secretário da Previdência voltou a argumentar que as especificidades e necessidade de reestruturação da classe motivaram texto apresentado nesta quarta (20)

Rogério Marinho: secretário falou também que não se arrepende de ter relatado a reforma da Previdência de Temer (Ricardo Moraes/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de março de 2019 às 09h33.

Última atualização em 21 de março de 2019 às 09h51.

São Paulo — O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, defendeu o tratamento diferenciado aos militares na discussão da reforma da Previdência . Em entrevista à rádio Jovem Pan na manhã desta quinta-feira, 21, Marinho argumentou que a carreira nas Forças Armadas tem especificidades, como o fato de o militar não se aposentar e, sim, ir para a reserva.

Marinho também afirmou que, ao "recepcionar a proposta das Forças Armadas", o governo fez um trabalho de atender às determinações da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Ele enfatizou que mudanças como o aumento da alíquota, do tempo de contribuição e o fato de pensionistas começarem a contribuir para ter direito ao benefício permitirão uma economia aos cofres públicos de R$97,3 bilhões em dez anos.

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A maior parte desse ganho, contudo, será anulada com o desembolso do Estado pela equiparação da remuneração dos militares à de outras carreiras. Pelo projeto de lei apresentado, os militares terão aumento salarial que vai custar R$ 86,85 bilhões em 10 anos. "Os militares propuseram uma reestruturação, que perdeu muito em relação a outras", disse Marinho, mencionando que generais ganham metade do que outros cargos federais.

Com isso, o saldo entre a economia e o aumento da remuneração, entre outros benefícios, resultará num ganho de R$ 10,45 bilhões em 10 anos, bem inferior às estimativas de ganho com a alteração no BPC, benefício concedido a idosos pobres e portadores de deficiência.

Convicções

Marinho disse na entrevista estar tranquilo quanto às opções que fez de defender, relatar e votar a favor da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Previdência apresentada pelo ex-presidente Michel Temer , mesmo que isso tenha lhe custado a reeleição para a Câmara. "São opções que fiz e estou tranquilo. O preço que se paga é o das convicções", afirmou o secretário.

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