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Mantega destaca menores custos e tributos para crescimento

Desonerações em 2014 devem chegar a quase 2% do PIB, diz ministro

Guido Mantega: “Ao longo de 2012 a economia vem se recuperando", afirmou (José Cruz/ABr)
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Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2013 às 13h49.

São Paulo - Em função do cenário ainda adverso, o Brasil precisa seguir aumentando o investimento e a produtividade e competitividade das empresas brasileiras, segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega .

“Depois que a crise terminar, a maioria dos países será mais competitiva e nós temos que acompanhar e estar adiante, aumentado investimentos, reduzindo custos e tributos”, disse, exemplificando os incentivos com o programa de infraestrutura anunciado pelo governo. “Temos que ganhar velocidade e fazer muito mais investimentos”, afirmou durante o Seminários Brasileiros, realizado hoje em São Paulo.

“Ao longo de 2012 a economia vem se recuperando, ela começou com um crescimento muito modesto e vem se acelerando e é assim que passamos de 2012 para 2013, uma gradual aceleração do crescimento econômico que vai perdurar em 2013”, disse Mantega.

Mantega destacou o investimento – que voltou a crescer no final de 2012 e, em janeiro e fevereiro teve um bom desempenho – “o investimento finalmente deslanchou e deverá manter-se nessa trajetória ao longo de 2013”, disse.

A diferença entre Brasil e China, segundo Mantega, é que a China faz investimentos em infraestrutura mas não tem mais demanda, tem capacidade ociosa, diferentemente da situação do Brasil. “No Brasil temos uma desvantagem, nosso atraso na infraestrutura, que hoje se transforma em uma oportunidade, pois podemos fazer muitos investimentos nessa área”, afirmou.

Entre as medidas importantes nesse momento está a redução do custo Brasil – por meio de medidas como a redução das tarifas de eletricidade e a queda do custo financeiro. Mantega afirmou que os boatos de que pode faltar energia elétrica no Brasil não tem procedência.

O ministro lembrou que o Brasil passa por uma transição de sua matriz macroeconômica e falou novamente que é como se a economia brasileira houvesse se viciado em juros altos –  a redução da taxa de juros diminui o custo da produção e também a renda financeira, assim, em um primeiro momento, a tendência não seria expansionista, segundo o ministro.


O ministro também destacou a redução de tributos. Em 2012, a redução em tributação foi de, aproximadamente, 1% do PIB – nesse ano a ordem deve ser de 70 bilhões de reais.  Para 2014 está programada uma desoneração de 88 bilhões de reais – quase 2% do PIB.

Mantega também falou sobre a desoneração da folha de pagamento, que deve chegar a mais setores. “42 setores já estão praticando a desoneração da folha e novos entrarão ao longo do tempo”, afirmou. Mantega citou também a tramitação da reforma do ICMS – “um tributo nocivo para a produção – e a reforma do PIS/Cofins.

Mantega falou também sobre o declínio da dívida do setor público e reforçou o combate à inflação.

Cenário internacional

No cenário internacional, a novidade vem do Japão, segundo Mantega, e das medidas que vem sendo tomadas pelo governo local. “Tem gente querendo combater a inflação e gente querendo criar inflação. O mundo é diferente. Na economia japonesa o baixo nível de atividade se traduz em baixa inflação”, afirmou.

O resultado dessa política é a desvalorização da moeda japonesa – que, quando valorizada, levou o Japão a perder produtividade. A recente desvalorização aumenta a competitividade da exportação de mercadorias. “Vai haver uma sobra de liquidez na economia internacional que poderá ir para mercados distintos, poderá elevar os preços de commodities ou migrar para países emergentes atrativos e valorizar as moedas desses países ou buscar investimento desses países e até beneficiar esses países nesse caso”, disse.

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São Paulo - Em função do cenário ainda adverso, o Brasil precisa seguir aumentando o investimento e a produtividade e competitividade das empresas brasileiras, segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega .

“Depois que a crise terminar, a maioria dos países será mais competitiva e nós temos que acompanhar e estar adiante, aumentado investimentos, reduzindo custos e tributos”, disse, exemplificando os incentivos com o programa de infraestrutura anunciado pelo governo. “Temos que ganhar velocidade e fazer muito mais investimentos”, afirmou durante o Seminários Brasileiros, realizado hoje em São Paulo.

“Ao longo de 2012 a economia vem se recuperando, ela começou com um crescimento muito modesto e vem se acelerando e é assim que passamos de 2012 para 2013, uma gradual aceleração do crescimento econômico que vai perdurar em 2013”, disse Mantega.

Mantega destacou o investimento – que voltou a crescer no final de 2012 e, em janeiro e fevereiro teve um bom desempenho – “o investimento finalmente deslanchou e deverá manter-se nessa trajetória ao longo de 2013”, disse.

A diferença entre Brasil e China, segundo Mantega, é que a China faz investimentos em infraestrutura mas não tem mais demanda, tem capacidade ociosa, diferentemente da situação do Brasil. “No Brasil temos uma desvantagem, nosso atraso na infraestrutura, que hoje se transforma em uma oportunidade, pois podemos fazer muitos investimentos nessa área”, afirmou.

Entre as medidas importantes nesse momento está a redução do custo Brasil – por meio de medidas como a redução das tarifas de eletricidade e a queda do custo financeiro. Mantega afirmou que os boatos de que pode faltar energia elétrica no Brasil não tem procedência.

O ministro lembrou que o Brasil passa por uma transição de sua matriz macroeconômica e falou novamente que é como se a economia brasileira houvesse se viciado em juros altos –  a redução da taxa de juros diminui o custo da produção e também a renda financeira, assim, em um primeiro momento, a tendência não seria expansionista, segundo o ministro.


O ministro também destacou a redução de tributos. Em 2012, a redução em tributação foi de, aproximadamente, 1% do PIB – nesse ano a ordem deve ser de 70 bilhões de reais.  Para 2014 está programada uma desoneração de 88 bilhões de reais – quase 2% do PIB.

Mantega também falou sobre a desoneração da folha de pagamento, que deve chegar a mais setores. “42 setores já estão praticando a desoneração da folha e novos entrarão ao longo do tempo”, afirmou. Mantega citou também a tramitação da reforma do ICMS – “um tributo nocivo para a produção – e a reforma do PIS/Cofins.

Mantega falou também sobre o declínio da dívida do setor público e reforçou o combate à inflação.

Cenário internacional

No cenário internacional, a novidade vem do Japão, segundo Mantega, e das medidas que vem sendo tomadas pelo governo local. “Tem gente querendo combater a inflação e gente querendo criar inflação. O mundo é diferente. Na economia japonesa o baixo nível de atividade se traduz em baixa inflação”, afirmou.

O resultado dessa política é a desvalorização da moeda japonesa – que, quando valorizada, levou o Japão a perder produtividade. A recente desvalorização aumenta a competitividade da exportação de mercadorias. “Vai haver uma sobra de liquidez na economia internacional que poderá ir para mercados distintos, poderá elevar os preços de commodities ou migrar para países emergentes atrativos e valorizar as moedas desses países ou buscar investimento desses países e até beneficiar esses países nesse caso”, disse.

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