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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h52.
O dólar deve continuar pressionado nesta quarta-feira, acompanhando o desempenho do Banco Central na rolagem da dívida em dólar que vence na próxima segunda, de acordo com Álvaro Bandeira, diretor da corretora Ágora Senior. Ontem, a moeda norte-americana fechou a R$ 3,61, com alta de 1,83%, a cotação mais alta desde o último dia 14.
O Banco Central não aceitou ontem os juros cobrados pelo mercado para a rolagem da dívida. Além da variação cambial, o mercado cobrou taxas que variavam entre 30,81% e 37,63%, dependendo do prazo de vencimento dos papéis, que tinham quatro datas diferentes.
Na última segunda-feira, o BC tinha conseguido rolar 24,4% dos US$ 2,3 bilhões que vencem no próximo dia 2. O volume equivaleu a 70% do que o BC ofertou ao mercado no dia. Ontem, segundo Bandeira, já na abertura dos negócios o mercado tinha a expectativa de que não haveria demanda pelos títulos do governo.
A Bovespa fechou em baixa de 1,11%, com 10.131 pontos. Segundo Bandeira, o mercado aproveitou para realizar os lucros obtidos ao longo da semana passada, quando a Bolsa fechou acumulando alta de 5,2%.
Hoje, o Comitê de Política Monetária (Copom) vai divulgar a ata sobre a última reunião, na semana passada, quando decidiu elevar os juros de 21% para 22% ao ano.
A inflação ao consumidor em São Paulo voltou a subir na terceira quadrissemana de novembro, atingindo 2,40%, ainda pressionada por uma forte alta dos preços de alimentos, informou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) nesta quarta-feira. A taxa compara-se com a leitura de 2,03% registrada na segunda quadrissemana. A previsão da Fipe para novembro é de uma inflação de 1,8%, revisada em relação à projeção inicial de 1% e que ainda poderá sofrer nova elevação caso os preços dos alimentos não se comportem conforme as previsões de queda.