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Mais de 180 países pactuam reduzir exportação de resíduos plásticos

O plástico foi incluído no tratado que controla o movimento de resíduos perigosos de um país para outro

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EFE

Publicado em 10 de maio de 2019 às 17h24.

Genebra - Apesar da oposição de Brasil, Estados Unidos e Argentina, mais de 180 países chegaram a um acordo nesta sexta-feira para incluir o plástico na Convenção de Basileia, o tratado que controla o movimento de resíduos perigosos de um país para outro.

Assim, resíduos plásticos contaminados, misturados ou impossíveis de serem reciclados não poderão ser exportados, a menos que haja uma autorização expressa do país receptor, o que não era necessário até agora.

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A decisão foi adotada ao término de uma conferência de duas semanas dos Estados-partes de três convenções internacionais - Basileia, Estocolmo e Roterdã - sobre produtos perigosos.

Desde que a China proibiu no ano passado a importação da maioria dos resíduos plásticos, os países do sudeste asiático ficaram com grandes quantidades dos mesmos, conforme ficou evidente durante os debates.

A decisão adotada na conferência foi recebida com entusiasmo por várias ONGs dedicadas à defesa do meio ambiente, que participaram das reuniões como observadoras.

Os principais opositores à nova restrição foram Brasil, Estados Unidos e Argentina, segundo os delegados da ONG IPEN, uma aliança de grupos que trabalham em temas ambientais e de saúde pública em mais de 100 países. Além dos três países, representantes da indústria do plástico e petroquímica também ressaltaram que se opõem à medida.

Os Estados Unidos são o maior exportador de plásticos misturados para países em desenvolvimento, com um volume que chegou a 157 mil contêineres em 2018.

"É justo que os países tenham o direito de rejeitar a poluição causada pelo plástico que atravessa suas fronteiras. Nesse sentido, a China elevou as ambições de outros países", comentou a ativista Sirine Rached, da ONG GAIA, que defende alternativas à incineração dos resíduos.

A poluição provocada pelo plástico alcançou proporções de epidemia, e estima-se que existam 100 milhões de toneladas do mesmo no leito marinho.

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