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Maioria do Fed vê mudança em portfólio "neste ano", mostra ata

A ata do encontro de março também mostrou que o comitê teve uma ampla discussão sobre reduzir ou suspender os reinvestimentos de uma vez

Fed: "Contanto que a economia continue caminhando aproximadamente como o esperado, a maioria dos participantes antecipou que os aumentos graduais na taxa de juros continuariam" (Kevin Lamarque/Reuters)
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Reuters

Publicado em 5 de abril de 2017 às 16h01.

Última atualização em 5 de abril de 2017 às 16h01.

Washington - A maioria das autoridades do Federal Reserve acha que o banco central dos Estados Unidos deveria adotar medidas para começar a reduzir seu portfólio de 4,5 trilhões de dólares ainda este ano desde que a economia tenha o desempenho esperado, mostrou a ata da última reunião nesta quarta-feira.

A ata do encontro de 14 e 15 de março, na qual os membros votaram por 9 a 1 para elevar os juros, também mostrou que o comitê teve uma ampla discussão sobre reduzir ou suspender os reinvestimentos de uma vez.

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"Contanto que a economia continue caminhando aproximadamente como o esperado, a maioria dos participantes antecipou que os aumentos graduais na taxa de juros continuariam e julgou que uma mudança da política do reinvestimento provavelmente seria apropriada mais tarde este ano", informou o Fed.

O Fed comprou títulos do Tesouro e hipotecários em uma escala sem precedentes após a crise financeira para ajudar a manter as taxas de juros baixas para estimular o crescimento.

Os membros do Fed já indicaram que qualquer plano para reduzir seu portfólio deixaria os títulos naturalmente rolarem, não reinvesti-los, uma vez que os aumentos das taxas de juros estavam "bem encaminhados".

O Fed subiu a sua taxa de juros de referência em março para a meta entre 0,75 e 1 por cento, segunda alta em três meses, e sinalizou que permaneceu no caminho para aumentar as taxas duas vezes mais este ano.

Na ata, quase todos os membros concordaram que o sincronismo de uma mudança na política de portfólio dependeria das condições econômicas e financeiras e, no geral, preferem mudar o reinvestimento tanto de Treasuries quanto em títulos lastreados em hipotecas.

O que todos concordaram foi que a redução do balanço deveria ser gradual e previsível e quase todos disseram que qualquer alteração da política "deve ser comunicada... bem antes de uma mudança real".

Antes da ata, os bancos de Wall Street não esperavam mudanças na política de portfólio até meados de 2018, segundo a última pesquisa do Fed de Nova York.

Os membros do Fed também pareceram ver riscos de alta para a economia enquanto ainda havia discordância sobre o quão perto o Fed estava de cumprir sua meta de inflação de 2 por cento este ano.

Em março, o Fed informou que sua meta de inflação era "simétrica", indicando que poderia tolerar aumentos de preços superando temporariamente sua meta.

A próxima reunião do Fed está agendada para os dias 2 e 3 de maio, mas os investidores esperam nova subida nos juros em junho.

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