Maduro visitará produtores de petróleo por acordo com Opep
A Opep chegou a acordo em Argel em 28 de setembro para reduzir a produção para uma faixa entre 32,5 milhões e 33 milhões de barris por dia
Reuters
Publicado em 19 de outubro de 2016 às 16h12.
Caracas - O presidente venezuelano Nicolás Maduro vai visitar países membros e não membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo ( Opep ) nos próximos dias para pressionar por um acordo para estabilizar os mercados de petróleo, além de viajar também à China, importante financiador, conforme o país passa por uma crise financeira e busca aliviar uma forte recessão.
A Opep chegou a acordo em Argel em 28 de setembro para reduzir a produção para uma faixa entre 32,5 milhões e 33 milhões de barris por dia, o que seria o primeiro corte de produção desde 2008.
Outra reunião, marcada para o dia 30 de novembro, será realizada para acertar os detalhes do acordo.
"Vou fazer uma visita relâmpago, mas também profunda, a vários países produtores de petróleo, da Opep e de fora do grupo, para trazer uma proposta e finalmente fechar um acordo entre países da Opep e não membros para estabilizar o mercado de petróleo e permitir que os preços se recuperem de maneira estável", disse Maduro na noite de terça-feira, em seu discurso transmitido semanalmente pela televisão.
Maduro não deu os nomes dos países produtores de petróleo que planeja visitar.
A Venezuela, que tem sido um dos países a pressionar por medidas para elevar os preços do petróleo, está otimista sobre as chances de países de fora da Opep, incluindo a Rússia, se unirem ao congelamento de produção junto ao grupo.
"O presidente russo (Vladimir) Putin tem sido muito claro: Ele concorda com a estratégia de congelar a produção de petróleo na média deste ano e até mesmo, caso seja necessário, fazer cortes" acrescentou Maduro, um socialista que foi eleito há três anos para substituir Hugo Chavez após sua morte.
Maduro disse também que visitará a China, um aliado crucial que emprestou cerca de 50 bilhões de dólares à Venezuela ao longo da última década em financiamentos em troca de petróleo.