Macron avisa Trump sobre "risco de guerra comercial" por tarifas
Trump colocou em xeque os mercados e governos de muitos países com a imposição de tarifas de 25% às importações do aço e de 10% do alumínio
EFE
Publicado em 9 de março de 2018 às 18h35.
Paris - O presidente da França , Emmanuel Macron , avisou por telefone nesta sexta-feira o governante dos Estados Unidos , Donald Trump , sobre o "risco de guerra comercial" pelas tarifas ao aço e ao alumínio europeus e afirmou que o Velho Continente responderá de "maneira clara e proporcionada".
Em comunicado divulgado pela presidência francesa, Macron lamentou que essas medidas protecionistas anunciadas por Trump contra "países aliados que respeitam as regras do comércio mundial" não serão eficazes "para lutar contra as práticas desleais".
"Essas medidas introduzem o risco de provocar uma guerra comercial, na qual todos os países afetados sairão perdedores. A Europa responderá de maneira clara e proporcionada contra toda prática infundada e contrária às regras do comércio mundial", manifestou Macron, segundo a nota divulgada pelo Palácio do Eliseu.
Desde o começo da semana, Trump colocou em xeque os mercados e governos de muitos países, entre eles os europeus, com a imposição de tarifas de 25% às importações do aço e de 10% do alumínio.
O presidente francês ressaltou que compartilha com o líder americano o objetivo de combater "as práticas desleais que criam uma concorrência desleal nas trocas comerciais internacionais".
Por isso, Macron ressaltou "a importância de reforçar as regras comuns do comércio internacional e a sua aplicação efetiva".
O presidente francês também abordou com Trump o degelo entre Washington e o regime da Coreia do Norte.
"Macron comemorou o anúncio (de conversas) da Casa Branca. A comunidade internacional deve manter a sua união visando um diálogo exigente com a Coreia do Norte e que leve ao desmantelamento de armas nucleares na península da Coreia", apontou a presidência francesa.
Os dois líderes também conversaram sobre a Síria e Macron ressaltou a "necessidade de uma ação clara para evitar um desastre humanitário".