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Macri diz que negociação de acordo entre UE e Mercosul está travada

Declarações do presidente da Argentina foram feita depois de os dois blocos terem decidido dar impulso político à negociação com reunião em Bruxelas

Maurício Macri: "Estamos pondo muita energia na negociação com a UE, que está meio travada. E também com o Japão, com o Canadá" (Enrique Marcarian/ Reuters/Reuters)
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EFE

Publicado em 18 de julho de 2018 às 20h59.

Buenos Aires - O presidente da Argentina, Mauricio Macri , considerou nesta quarta-feira que a negociação de um acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia (UE) está "meio travada", mas ressaltou que espera "novidades nos próximos dias".

"Estamos pondo muita energia na negociação com a UE , que está meio travada. E também com o Japão, com o Canadá", disse Macri em entrevista coletiva realizada na residência presidencial de Olivos.

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As declarações de Macri foram feita depois de os dois blocos terem decidido dar um impulso político à negociação com uma reunião de nível ministerial em Bruxelas. O objetivo é aproximar posições que ainda estão muito distantes em temas sensíveis.

Depois de reconhecer que a economia do país crescerá menos do que o inicialmente previsto devido à recente crise cambial que levou o governo a obter um empréstimo de US$ 50 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI), Macri disse que a Argentina "aposta mais do que nunca" em uma aliança como Brasil.

"É um caminho para o progresso. É importante fortalecer o perfil exportador do Mercosul e da Argentina, algo que perdemos durante muito tempo", disse o presidente na entrevista.

"Por sorte, as exportações estão crescendo. Há uma mudança extraordinária de perfil", completou Macri, citando os resultados da indústria da carne, que registrou uma alta de 60% nos embarques.

Macri também falou sobre a guerra comercial entre Estados Unidos e China. Como atual presidente do G20, o líder argentino afirmou que é preciso gerar um ambiente de diálogo para que os dois países e a UE encontrem uma solução para que todos sigam crescendo.

Segundo Macri, os países que mais se integraram ao mundo nos últimos anos são os que mais cresceram. Por esse motivo, ele tomou a decisão de recolocar a Argentina no cenário internacional "depois de muitos anos de isolamento".

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