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Levy acredita em um 2º semestre favorável para a economia

Quando questionado sobre pessimismo do mercado, ministro da Fazenda afirmou que há um período de "mergulho" e depois começa a "recuperação"

Joaquim Levy: "temos bastante chance de ver um segundo semestre favorável para a economia" (REUTERS/Ueslei Marcelino)
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Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2015 às 09h32.

Washington - O Brasil tem condições de ter um segundo semestre favorável para a economia , afirmou o ministro da Fazenda , Joaquim Levy , a jornalistas na tarde de segunda-feira, 1, na sede do Fundo Monetário Internacional.

"Eu acho que, se nós tomarmos as providências necessárias com rapidez, temos bastante chance de ver um segundo semestre favorável para a economia", disse em rápida entrevista.

"No momento, temos de começar a focar cada vez mais em reformas do lado da oferta", afirmou.

"Durante um tempo, se achou que bastava apoiar a demanda, dar incentivos. Ficou evidente que isso não está mais nos levando para a frente", completou, destacando a necessidade de ter os preços no "lugar certo", além de mudanças nos impostos, citando o PIS/Cofins, entre outros tributos.

"Tem toda uma discussão muito importante com todos os governadores na questão do ICMS. O ICMS é hoje uma trava do crescimento. Não traz dinheiro suficiente para os governadores e faz as empresas não quererem investir", disse.

"Nós temos de transformar isso, colocar o ICMS de uma maneira que ajude os Estados."

Questionado sobre as razões de os economistas não estarem tão otimistas com o setor privado, como mostrado na nova revisão para baixo nas previsões de crescimento do PIB no Boletim Focus, do Banco Central, Levy afirmou que há um período de "mergulho" e depois começa a "recuperação".

"Talvez, em parte, algumas das discussões (do ajuste fiscal) tenham demorado um pouquinho mais do que o previsto inicialmente e isso tenha levado a essa atualização do mercado", disse ele, citando as discussões no Congresso e em outros lugares sobre o ajuste fiscal.

"O importante é a gente continuar avançando, o governo está se dedicando para anunciar as coisas que têm de ser anunciadas."

Fôlego

O ministro citou ainda a nova rodada de concessões que a presidente Dilma Rousseff deve anunciar nesta semana e ressaltou também que deve ser divulgado o novo plano de safra do governo, que será "muito robusto" e em um "volume muito significativo".

"Acho que tudo isso vai dando a direção e o fôlego para a nossa economia passar esta fase de travessia."

Levy ressaltou também a importância de o setor privado entender que o País passa por um momento de transição. Toda a América Latina, afirmou, está tendo novos desafios e o Brasil tem tudo para sair na frente.

Levy teve na segunda-feira um encontro fechado com o secretário de Tesouro dos Estados Unidos, Jacob Lew.

Segundo o ministro, um dos temas tratados foi a visita da presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos, no final do mês.

"Há uma grande expectativa sobre a visita", disse. Outro tema foi o investimento e o financiamento em infraestrutura, que também é um desafio para os americanos, ressaltou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Washington - O Brasil tem condições de ter um segundo semestre favorável para a economia , afirmou o ministro da Fazenda , Joaquim Levy , a jornalistas na tarde de segunda-feira, 1, na sede do Fundo Monetário Internacional.

"Eu acho que, se nós tomarmos as providências necessárias com rapidez, temos bastante chance de ver um segundo semestre favorável para a economia", disse em rápida entrevista.

"No momento, temos de começar a focar cada vez mais em reformas do lado da oferta", afirmou.

"Durante um tempo, se achou que bastava apoiar a demanda, dar incentivos. Ficou evidente que isso não está mais nos levando para a frente", completou, destacando a necessidade de ter os preços no "lugar certo", além de mudanças nos impostos, citando o PIS/Cofins, entre outros tributos.

"Tem toda uma discussão muito importante com todos os governadores na questão do ICMS. O ICMS é hoje uma trava do crescimento. Não traz dinheiro suficiente para os governadores e faz as empresas não quererem investir", disse.

"Nós temos de transformar isso, colocar o ICMS de uma maneira que ajude os Estados."

Questionado sobre as razões de os economistas não estarem tão otimistas com o setor privado, como mostrado na nova revisão para baixo nas previsões de crescimento do PIB no Boletim Focus, do Banco Central, Levy afirmou que há um período de "mergulho" e depois começa a "recuperação".

"Talvez, em parte, algumas das discussões (do ajuste fiscal) tenham demorado um pouquinho mais do que o previsto inicialmente e isso tenha levado a essa atualização do mercado", disse ele, citando as discussões no Congresso e em outros lugares sobre o ajuste fiscal.

"O importante é a gente continuar avançando, o governo está se dedicando para anunciar as coisas que têm de ser anunciadas."

Fôlego

O ministro citou ainda a nova rodada de concessões que a presidente Dilma Rousseff deve anunciar nesta semana e ressaltou também que deve ser divulgado o novo plano de safra do governo, que será "muito robusto" e em um "volume muito significativo".

"Acho que tudo isso vai dando a direção e o fôlego para a nossa economia passar esta fase de travessia."

Levy ressaltou também a importância de o setor privado entender que o País passa por um momento de transição. Toda a América Latina, afirmou, está tendo novos desafios e o Brasil tem tudo para sair na frente.

Levy teve na segunda-feira um encontro fechado com o secretário de Tesouro dos Estados Unidos, Jacob Lew.

Segundo o ministro, um dos temas tratados foi a visita da presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos, no final do mês.

"Há uma grande expectativa sobre a visita", disse. Outro tema foi o investimento e o financiamento em infraestrutura, que também é um desafio para os americanos, ressaltou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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