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Juro permanecerá baixo o tempo necessário, diz Greenspan

Alan Greenspan, presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos), afirmou que não há limite mínimo para a taxa básica de juros do país e que ela será mantida baixa o tempo que for necessário para assegurar uma sólida recuperação da economia americana. Greenspan falou ao Congresso americano nesta terça-feira (15/7). "Estamos […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h19.

Alan Greenspan, presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos), afirmou que não há limite mínimo para a taxa básica de juros do país e que ela será mantida baixa o tempo que for necessário para assegurar uma sólida recuperação da economia americana. Greenspan falou ao Congresso americano nesta terça-feira (15/7). "Estamos preparados para manter uma postura altamente flexível da política monetária pelo tempo necessário para promover uma performance econômica satisfatória", afirmou ele.

Os comentários de Greenspan sugerem que as autoridades monetárias não deverão elevar a taxa de juros pelo menos até 2005. Na sua última reunião, no final de junho, o comitê de política monetária do Fed reduziu a taxa para 1% - a menor em 45 anos - e o mercado especulava que o banco ficaria relutante em reduzi-la ainda mais nos próximos encontros.

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Enquanto Greenspan falava ao Congresso, o Fed divulgou seu relatório semestral e os números do documento serviram como ilustração para o discurso: a projeção para a expansão da economia americana foi reduzida para 2003 e elevada para o próximo ano. No último relatório, de fevereiro, esperava-se um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) entre 3,25% e 3,5% para este ano - e agora a estimativa baixou para algo entre 2,5% e 2,75%. Para 2004, o Fed espera um crescimento do PIB entre 3,75% e 4,75%. Ou seja: a economia americana volta a ficar aquecida apenas no segundo semestre deste ano. "A atividade econômica deve acelerar no segundo semestre e recebe estímulo adicional em 2004", diz o relatório.

O documento diz ainda que o índice de preços de consumo pessoal (o que impulsiona a economia do país) deve oscilar entre 1% e 1,5% em 2004. Este ano, a variação deve ficar entre 1,25% e 1,5%. Sobre isso, Greenspan declarou que os gastos dos consumidores deverão aumentar no curto prazo em razão do corte de impostos (promovido por uma recente lei) e dos refinanciamentos dos empréstimos hipotecários. Segundo ele, o poder de compra dos cidadãos aumentou 4,5% no primeiro semestre de 2003 graças aos ganhos de capital com investimentos e aumento de valores dos bens imobiliários.

O setor empresarial

Apesar da relativa estabilização da produção industrial do país, os empresários ainda estão com um "sentimento de cautela", na avaliação de Greenspan. O setor empresarial resiste em expandir seus negócios. "Até agora, há poucos sinais de que os grandes executivos irão aumentar investimentos", disse ele. Sem expansão, não há como estimar queda na taxa de desemprego: o relatório do Fed diz que mesmo com a expectativa de crescimento apontada para 2004, o número de desempregados ficará relativamente estável. A taxa deve variar entre 6% e 6,25% em 2003 e entre 5,5% e 6% no ano que vem.

Orçamento da Casa Branca

O governo dos EUA prevê que o déficit orçamentário do país baterá recorde em 2003 e deve chegar a 455 bilhões de dólares. É o primeiro resultado em que foram contabilizados os gastos com a guerra contra o Iraque.

Na previsão para 2004, o déficit fica ainda maior: em torno de 475 milhões de dólares.

Os números definitivos serão divulgados pela Agência de Administração e Orçamento da Casa Branca, que afirma que o montante será reduzido pela metade até 2006.

Com informações de agências internacionais.

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