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Itaú espera corte de 0,25 pp na Selic; Bradesco, manutenção

Bradesco destacou a alteração no comunicado de ontem do Copom, após três comunicados idênticos

Reunião do Copom: Itaú destacou que o Copom deixou de citar no comunicado que “a contribuição do setor externo tem sido deflacionária”, como vinha fazendo em comunicados anteriores (Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2012 às 11h31.

São Paulo – A redução de 0,50 ponto percentual na Selic anunciada ontem pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil ( Copom ) foi um movimento “amplamente esperado”, segundo o Itaú Unibanco. A grande expectativa em torno do anúncio era para tentar ler nas entrelinhas do comunicado que acompanha a decisão alguma indicação de que o ciclo de redução de juros estaria ou não perto de seu fim.

Em seu boletim diário, o Bradesco destacou a alteração no comunicado de ontem do Copom, após três comunicados idênticos, indicando que caso decida por novos cortes, esse será conduzido de forma mais parcimoniosa. A expectativa do banco é de fim do ciclo de cortes no patamar atual, de 7,5%.

“Novos cortes, porém, só devem ocorrer caso haja algum tipo de frustração com a recuperação da economia neste segundo semestre”, informa o boletim. Nesse caso, a visão do Bradesco é de que haveria uma redução adicional de 0,25 p.p. da Selic . O relatório é assinado pela equipe econômica do banco e pelo economista-chefe, Octavio de Barros.

No comunicado, o Copom deixa o próximo passo de política monetária condicionado ao cenário prospectivo. Se houver uma redução adicional, segundo o Copom, ela será conduzida com “máxima parcimônia”. Para o Itaú, isso indica que a redução seria de 0,25 p.p., e não mais de 0,50 p.p. como vêm sendo os últimos movimentos – e que ficou aberta a possibilidade de a queda de juros ser interrompida já em sua próxima reunião. Para o Itaú, o comunicado de ontem “revela com clareza” a proximidade do fim do ciclo de redução de juros.

O Itaú espera um novo corte de 0,25 p.p. em outubro e acredita que esse patamar deve vigorar até meados de 2013. Para o banco, uma extensão do ciclo de queda de juros (para além de 7,25%) deverá ocorrer apenas no caso do cenário de retomada da economia percebido pelo Copom não se confirmar. A Austing Rating também espera uma queda de 0,25 p.p.

O Itaú destacou que o Copom deixou de citar no comunicado que “a contribuição do setor externo tem sido deflacionária”, como vinha fazendo em comunicados anteriores. Por isso, o banco pensa que, além da retomada da economia, a sinalização do final do ciclo pode estar relacionada também ao aumento do risco inflacionário advindo da recente elevação dos preços internacionais dos grãos.

“Entendemos que o Copom ainda julgará pertinente uma nova redução dos juros em outubro. O cenário internacional segue complexo, com crescimento relativamente baixo nas principais regiões econômicas do mundo. Além disso, a sustentabilidade da recuperação doméstica ainda é incerta. Neste sentido, uma nova redução de juros reforçaria a tendência de retomada, reduzindo o risco de nova desaceleração à frente”, informa o relatório do banco, assinado pelo economista-chefe do Itaú, Ilan Goldfajn, e pelo economista Caio Megale.

O comunicado do Copom que serviu de base para os bancos foi o seguinte: "Considerando os efeitos cumulativos e defasados das ações de política implementadas até o momento, que em parte se refletem na recuperação em curso da atividade econômica, o Copom entende que, se o cenário prospectivo vier a comportar um ajuste adicional nas condições monetárias, esse movimento deverá ser conduzido com máxima parcimônia".

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São Paulo – A redução de 0,50 ponto percentual na Selic anunciada ontem pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil ( Copom ) foi um movimento “amplamente esperado”, segundo o Itaú Unibanco. A grande expectativa em torno do anúncio era para tentar ler nas entrelinhas do comunicado que acompanha a decisão alguma indicação de que o ciclo de redução de juros estaria ou não perto de seu fim.

Em seu boletim diário, o Bradesco destacou a alteração no comunicado de ontem do Copom, após três comunicados idênticos, indicando que caso decida por novos cortes, esse será conduzido de forma mais parcimoniosa. A expectativa do banco é de fim do ciclo de cortes no patamar atual, de 7,5%.

“Novos cortes, porém, só devem ocorrer caso haja algum tipo de frustração com a recuperação da economia neste segundo semestre”, informa o boletim. Nesse caso, a visão do Bradesco é de que haveria uma redução adicional de 0,25 p.p. da Selic . O relatório é assinado pela equipe econômica do banco e pelo economista-chefe, Octavio de Barros.

No comunicado, o Copom deixa o próximo passo de política monetária condicionado ao cenário prospectivo. Se houver uma redução adicional, segundo o Copom, ela será conduzida com “máxima parcimônia”. Para o Itaú, isso indica que a redução seria de 0,25 p.p., e não mais de 0,50 p.p. como vêm sendo os últimos movimentos – e que ficou aberta a possibilidade de a queda de juros ser interrompida já em sua próxima reunião. Para o Itaú, o comunicado de ontem “revela com clareza” a proximidade do fim do ciclo de redução de juros.

O Itaú espera um novo corte de 0,25 p.p. em outubro e acredita que esse patamar deve vigorar até meados de 2013. Para o banco, uma extensão do ciclo de queda de juros (para além de 7,25%) deverá ocorrer apenas no caso do cenário de retomada da economia percebido pelo Copom não se confirmar. A Austing Rating também espera uma queda de 0,25 p.p.

O Itaú destacou que o Copom deixou de citar no comunicado que “a contribuição do setor externo tem sido deflacionária”, como vinha fazendo em comunicados anteriores. Por isso, o banco pensa que, além da retomada da economia, a sinalização do final do ciclo pode estar relacionada também ao aumento do risco inflacionário advindo da recente elevação dos preços internacionais dos grãos.

“Entendemos que o Copom ainda julgará pertinente uma nova redução dos juros em outubro. O cenário internacional segue complexo, com crescimento relativamente baixo nas principais regiões econômicas do mundo. Além disso, a sustentabilidade da recuperação doméstica ainda é incerta. Neste sentido, uma nova redução de juros reforçaria a tendência de retomada, reduzindo o risco de nova desaceleração à frente”, informa o relatório do banco, assinado pelo economista-chefe do Itaú, Ilan Goldfajn, e pelo economista Caio Megale.

O comunicado do Copom que serviu de base para os bancos foi o seguinte: "Considerando os efeitos cumulativos e defasados das ações de política implementadas até o momento, que em parte se refletem na recuperação em curso da atividade econômica, o Copom entende que, se o cenário prospectivo vier a comportar um ajuste adicional nas condições monetárias, esse movimento deverá ser conduzido com máxima parcimônia".

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