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Irã diz que encontrou possíveis novos compradores para petróleo

Os EUA abandonaram um acordo sobre o programa nuclear do Irã no ano passado e impuseram sanções para estrangular empresas de petróleo

Irã: o país pediu que os países europeus que ainda fazem parte do acordo se oponham às sanções (Raheb Homavandi/Reuters)
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Reuters

Publicado em 5 de janeiro de 2019 às 12h01.

Londres - Todos os países que receberam autorização dos Estados Unidos para continuarem comprando uma quantidade limitada de petróleo do Irã estão cumprindo as sanções impostas pelos norte-americanos, disse uma autoridade iraniana, acrescentando que Teerã está buscando novos compradores para o produto.

Os EUA abandonaram um acordo sobre o programa nuclear do Irã no ano passado e impuseram sanções para estrangular empresas de petróleo e bancos da República Islâmica, mas permitiram que oito países continuem comprando petróleo do país.

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"China, Índia, Japão, Coreia do Sul e outras nações que receberam autorização dos EUA para importar o petróleo iraniano não estão querendo comprar um só barril a mais do Irã", disse Amir Hossein Zamaninia, vice-ministro iraniano do Petróleo e das Relações Exteriores, à agência de notícias Shana.

Entretanto, Zamaninia também disse que, "apesar das pressões dos EUA sobre o mercado de petróleo iraniano, o número de potenciais compradores cresceu significativamente devido à concorrência, à ganância e à busca por maiores lucros".

As permissões, que têm validade de 180 dias, também beneficiam Itália, Grécia, Taiwan e Turquia.

Washington quer zerar as exportações de petróleo do Irã para interromper os programas de mísseis e nuclear de Teerã e combater a crescente força militar e influência política da nação no Oriente Médio.

O Irã pediu que os países europeus que ainda fazem parte do acordo se oponham às sanções e criem um sistema de financiamento que facilite os pagamentos pelo produto iraniano.

Zamaninia disse que o mecanismo, conhecido como SPV, seria "bom mas não resolveria os problemas criados, pois a influência dos EUA afetará qualquer ação europeia".

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