IPCA-15: veja o que mais subiu e mais recuou em janeiro
Preços da batata-inglesa, arroz e frutas subiram, enquanto os de energia elétrica residencial e botijão de gás desceram
Da redação, com agências
Publicado em 24 de janeiro de 2023 às 11h39.
Última atualização em 24 de janeiro de 2023 às 13h59.
Considerado prévia da inflação, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) subiu 0,55% na passagem de dezembro para janeiro, segundo dados do IBGE divulgados nesta terça-feira.
Apesar da alta, a conta de luz começou o ano mais barata, com queda média de 0,16%. Com isso, o grupo Habitação subiu 0,17% no IPCA-15 de janeiro, abaixo do 0,40% de alta registrado em dezembro.
Segundo o IBGE, um dos destaques na queda na energia elétrica residencial foi a revisão tarifária residencial em uma das concessionárias que prestam serviços de distribuição no Rio, em vigor desde 15 de dezembro. Com isso, a energia elétrica residencial caiu 4,82% na região metropolitana fluminense.
Também houve queda de 1,32% nos preços do gás de botijão. Por outro lado, o gás encanado subiu 7,09%, por causa dos "reajustes de 9% das tarifas no Rio de Janeiro (3,64%), em vigor desde 1º de janeiro, e de 10,90% em São Paulo (10,90%), a partir de 10 de dezembro".
Segundo o IBGE, o aumento de São Paulo não havia sido apropriado no IPCA-15 de dezembro e, por isso, "foi incorporado integralmente no índice de janeiro".
O IBGE apontou ainda alta de 0,75% na taxa de água e esgoto, "consequência dos reajustes de 14,62% em Belo Horizonte (5,85%) e de 9,51% em Brasília (3,80%), ambos a partir de 1º de janeiro, e de 10,15% em Belém (4,32%), a partir de 28 de novembro".
Batata, tomate e arroz puxam inflação de alimentos
O encarecimento dos alimentos na inflação medida pelo IPCA-15 de janeiro foi puxada por produtos in natura. O grupo Alimentação e Bebidas subiu 0,55% no IPCA-15 de janeiro, com alta de 0,61% na alimentação no domicílio.
Segundo o IBGE, os itens de maior impacto na inflação de alimentos foram batata-inglesa (15,99%), tomate (5,96%), arroz (3,36%) e frutas (1,74%).
Na contramão, a inflação só não foi maior porque caíram os preços da cebola (-15,21%) e do leite longa vida (-2,04%).
Saúde e Cuidados Pessoais tem o maior impacto
O grupo Saúde e Cuidados Pessoais registrou o maior impacto de alta na variação agregada do IPCA-15 em janeiro. Ao subir 1,10%, os preços desse grupo contribuíram com 0,14 p.p. da alta de 0,55% do IPCA-15 de janeiro.
A inflação desses itens acelerou em janeiro. Na leitura anterior do IPCA-15, em dezembro, o grupo Saúde e Cuidados Pessoais tinha avançado 0,40%.
Os principais responsáveis pela aceleração foram os preços dos itens de higiene pessoal, com alta média de 1,88% no IPCA-15 de janeiro, que haviam subido 0,04% em dezembro.
"Destacam-se as altas de perfume (4,24%) e produtos para pele (3 85%). Além disso, os planos de saúde (1,21%) repetiram a variação do mês anterior, refletindo a incorporação da fração mensal dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2022 a 2023", diz a nota divulgada pelo IBGE.
Alimentação e Bebidas tem segundo maior impacto
O grupo que teve o segundo maior impacto positivo foi Alimentação e Bebidas, contribuindo com 0,12 p.p. da variação agregada, por causa da alta de 0,55%, com alta de 0,61% na alimentação no domicílio.
Segundo o IBGE, os itens de maior impacto na inflação de alimentos foram batata-inglesa (15,99%), tomate (5,96%), arroz (3,36%) e frutas (1,74%).
Na contramão, a inflação só não foi maior porque caíram os preços da cebola (-15,21%) e do leite longa vida (-2,04%).
Comunicação tem terceira maior influência
O terceiro maior impacto veio do grupo Comunicação, contribuindo positivamente com 0,11 p.p., diante da alta de 2,36% no IPCA-15 de janeiro. A inflação desses itens acelerou, pois a alta tinha sido de 0,18% em dezembro.
Segundo o IBGE, o resultado foi influenciado pelas altas de TV por assinatura (11,78%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (3,24%), acesso à internet (2,11%) e aparelho telefônico (1,78%).
(Com Estadão Conteúdo)