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IPCA-15 acelera a 0,78% em abril, e vai a 6,19% em 12 meses

Alta abaixo do esperado pode tirar pressão sobre o Banco Central neste momento

Dinheiro: meta de inflação do governo é de 4,5 por cento pelo IPCA, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos (USP Imagens)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2014 às 10h09.

São Paulo - Ainda sob o peso dos preços de alimentos, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) acelerou a alta a 0,78 por cento em abril, mas veio abaixo do esperado pelos especialistas, o que pode tirar pressão sobre o Banco Central neste momento.

O indicador, prévia da inflação oficial do país, atingiu 6,19 por cento em 12 meses até abril, ante 5,90 por cento em março, informou ainda o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ) nesta quinta-feira.

A meta de inflação do governo é de 4,5 por cento pelo IPCA, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos.

Na comparação mensal, a taxa superou o avanço de 0,73 por cento visto em março e foi a mais alta desde janeiro de 2013 (0,88 por cento). Entretanto, os resultados ficaram abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters, cujas medianas apontavam alta de 0,85 por cento sobre março e de 6,26 por cento em 12 meses.

De acordo com o IBGE, o principal impacto no IPCA-15 de abril foi provocado pelo grupo Alimentação e Bebidas, com 0,45 ponto percentual, após acelerar a alta a 1,84 por cento. Em março, o avanço havia sido de 1,11 por cento.

Com isso, o grupo, que ainda reflete os efeitos da falta de chuva recentemente em várias regiões do país, respondeu sozinho por 58 por cento do IPCA-15.

Os principais impactos individuais sobre o índice do mês concentraram-se em alimentos, com destaque para os preços das carnes, com 0,07 ponto percentual, após alta de 2,83 por cento nos preços.


O segundo grupo que mais mostrou alta em abril foi o de Saúde e Cuidados Pessoais, com 0,69 por cento, após avanço de 0,46 por cento em março. Segundo o IBGE, isso ocorreu devido ao aumento de 0,69 por cento nos preços de remédios, cujos reajustes foram concedidos no final de março.

Alívio?

O resultado do IPCA-15 de abril pode trazer algum alívio ao BC que, há um ano, iniciou ciclo de aperto monetário que já levou a Selic para o atual patamar de 11 por cento ao ano. Recentemente, a autoridade monetária indicou que pretende interromper esse movimento, classificando a pressão nos preços de alimentos como "temporária".

Nesta manhã, as taxas de juros futuras eram negociadas em queda, com a curva passando a embutir chance majoritária de que a Selic seja mantida em 11 por cento na reunião de maio do Comitê de Política Monetária (Copom), segundo cálculos da Reuters.

Na última pesquisa Focus do BC, da semana passada, os economistas ainda viam alta de 0,25 ponto percentual da taxa básica de juros no próximo mês. Ao mesmo tempo, viam IPCA a 6,47 por cento no fim do ano.

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São Paulo - Ainda sob o peso dos preços de alimentos, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) acelerou a alta a 0,78 por cento em abril, mas veio abaixo do esperado pelos especialistas, o que pode tirar pressão sobre o Banco Central neste momento.

O indicador, prévia da inflação oficial do país, atingiu 6,19 por cento em 12 meses até abril, ante 5,90 por cento em março, informou ainda o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ) nesta quinta-feira.

A meta de inflação do governo é de 4,5 por cento pelo IPCA, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos.

Na comparação mensal, a taxa superou o avanço de 0,73 por cento visto em março e foi a mais alta desde janeiro de 2013 (0,88 por cento). Entretanto, os resultados ficaram abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters, cujas medianas apontavam alta de 0,85 por cento sobre março e de 6,26 por cento em 12 meses.

De acordo com o IBGE, o principal impacto no IPCA-15 de abril foi provocado pelo grupo Alimentação e Bebidas, com 0,45 ponto percentual, após acelerar a alta a 1,84 por cento. Em março, o avanço havia sido de 1,11 por cento.

Com isso, o grupo, que ainda reflete os efeitos da falta de chuva recentemente em várias regiões do país, respondeu sozinho por 58 por cento do IPCA-15.

Os principais impactos individuais sobre o índice do mês concentraram-se em alimentos, com destaque para os preços das carnes, com 0,07 ponto percentual, após alta de 2,83 por cento nos preços.


O segundo grupo que mais mostrou alta em abril foi o de Saúde e Cuidados Pessoais, com 0,69 por cento, após avanço de 0,46 por cento em março. Segundo o IBGE, isso ocorreu devido ao aumento de 0,69 por cento nos preços de remédios, cujos reajustes foram concedidos no final de março.

Alívio?

O resultado do IPCA-15 de abril pode trazer algum alívio ao BC que, há um ano, iniciou ciclo de aperto monetário que já levou a Selic para o atual patamar de 11 por cento ao ano. Recentemente, a autoridade monetária indicou que pretende interromper esse movimento, classificando a pressão nos preços de alimentos como "temporária".

Nesta manhã, as taxas de juros futuras eram negociadas em queda, com a curva passando a embutir chance majoritária de que a Selic seja mantida em 11 por cento na reunião de maio do Comitê de Política Monetária (Copom), segundo cálculos da Reuters.

Na última pesquisa Focus do BC, da semana passada, os economistas ainda viam alta de 0,25 ponto percentual da taxa básica de juros no próximo mês. Ao mesmo tempo, viam IPCA a 6,47 por cento no fim do ano.

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