Economia

Investimento estrangeiro direto caiu em;R$ 30 bilhões no ano passado

Os investimentos estrangeiros diretos no Brasil em 2002 caíram em cerca de 30 bilhões de reais em relação a 2001 e, paralelamente, a necessidade de financiamento do país diminuiu em 38 bilhões. O resultado foi impulsionado, principalmente, pelo crescimento de 34,3 bilhões da poupança das famílias e pela redução de 13,8 bilhões da necessidade de poupança […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h50.

Os investimentos estrangeiros diretos no Brasil em 2002 caíram em cerca de 30 bilhões de reais em relação a 2001 e, paralelamente, a necessidade de financiamento do país diminuiu em 38 bilhões. O resultado foi impulsionado, principalmente, pelo crescimento de 34,3 bilhões da poupança das famílias e pela redução de 13,8 bilhões da necessidade de poupança do governo. Os dados são do fechamento das Contas Nacionais de 2002, divulgado nesta terça-feira (12/9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que concluiu que a redução do déficit em transações correntes no ano passado foi suficiente para compensar a queda dos investimentos estrangeiros. O estudo mostra que o balanço de pagamentos apresentou superávit de 300 milhões de dólares.

  A formação bruta de capital fixo sofreu queda em volume de 4,2%. O relatório ainda revela que houve naquele ano, em relação a 2001, uma queda nos investimentos estrangeiros diretos (IED) de cerca de 10 bilhões de dólares.

Neste ano, em 20/11, o Banco Central divulgou que sua expectativa de IED em 2003 é de 9 bilhões de dólares ou 54% do recebido ano passado, quando entraram 16,56 bilhões de dólares. Para 2004, a projeção é de entrada de 13 bilhões de dólares.

 Ainda conforme o relatório do IBGE, o impacto da depreciação de 52,5% da taxa de câmbio em 2002 provocou um ajuste externo via balança comercial. Em 2002, o saldo comercial cresceu 396,8% em relação ao ano de 2001, atingindo a cifra de 13,1 bilhões de dólares. Houve um aumento de 3,7% no valor das exportações (60,4 bilhões de dólares) e queda de 15% em valor das importações (47,2 bilhões de dólares).

Financiamento

Segundo o IBGE, a necessidade de financiamento do país diminuiu devido a intensa redução do déficit de transações correntes - de R$ 53,4 bilhões, em 2001, para apenas R$ 15,4 bilhões, em 2002. Por meio do ajuste das contas públicas e do ajuste do setor externo, a economia brasileira alcançou em 2002 uma considerável redução da sua necessidade de financiamento, de 4,5% do PIB, em 2001, para 1,2% do PIB, em 2002, diz a nota do instituto.

As empresas do setor produtivo, não relacionadas ao setor financeiro, gastaram 71 bilhõede reais com o pagamento líquido de juros em 2002. O total representa um salto de 44% sobre 2001. O estudo conclui que o desfalque com juros elevados levou à redução da taxa de investimento e da poupança das empresas.

A taxa de investimento das empresas caiu de 26% para 23,6%, enquanto a de famílias passou de 19,1% para 18,8% e a de administrações públicas de 15,2% para 15,1%. Com isso, houve queda da taxa de investimento da economia: de 19,5%, em 2001, para 18,3% em 2002. Apesar de apresentarem um crescimento nominal em seu valor adicionado de 13,1%, o forte aumento nos juros líquidos pagos pelas empresas fez com que a poupança passasse de R$ 142,5 bilhões para 138,4 bilhões de reais em 2002. Mesmo assim, as empresas não pioraram seu endividamento, graças a gastos menores com transferências de capital.

Com informações da Agência Brasil

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