Investidor verá 'caminho da felicidade', diz Mantega
Mantega salientou que os tributos federais sobre investimentos já foram reduzidos e agora é a vez da diminuição do ICMS, que cabe aos Estados
Da Redação
Publicado em 6 de novembro de 2012 às 08h47.
Brasília - O ano que vem será de retomada da atividade, na avaliação do governo, que promete reduzir a carga tributária das empresas. "Vamos deixar uma estrutura tributária bastante diferente", prometeu o ministro da Fazenda, Guido Mantega , em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. Outro grupo que sentirá os efeitos da nova condução econômica, segundo ele, é o de investidores, que vinham ao Brasil apenas atrás de juros altos.
Ao desvincular um alinhamento entre Banco Central e Fazenda na estratégia de redução dos juros com expansão econômica, o ministro disse que muitos ficaram sem saber o que fazer com a Selic mais baixa. "Até que descobrem o caminho da felicidade, que é aplicar na produção, já que no financeiro ganham menos."
Mantega salientou que os tributos federais sobre investimentos já foram reduzidos e agora é a vez da diminuição do ICMS, que cabe aos Estados e é considerado um tributo que atrapalha a produção. A primeira discussão sobre o tema será feita amanhã com os governadores. "Tenho esperança de que sejam sensíveis a nossas propostas." Depois, afirmou, haverá uma nova etapa, que é a de simplificar a cobrança de PIS e Cofins.
Para 2013, o cenário econômico está bem mais positivo do que o deste ano, na avaliação do ministro. Segundo Mantega, os índices de inflação serão menores, haverá a desoneração da folha de pagamento para os 40 setores já anunciados, o fim da guerra dos portos e a redução das tarifas de energia. "Mesmo a redução da taxa de juros, que demora certo tempo, estará fazendo efeito no ano que vem", considerou.
Mantega evitou falar de um casamento de ações com o BC. Conforme alguns especialistas, o governo tem tolerado um pouco mais de inflação para poder apresentar uma taxa de crescimento mais robusta. "O regime de metas de inflação está sendo cumprido no Brasil. Mais rigorosamente do que no passado", comparou. "O alinhamento (com o BC) é que a meta é definida em conjunto, mas a gestão é do BC", disse.
Vigilância
Apesar de considerar um quadro mais benigno para a inflação em 2013, o ministro disse que não há dúvidas de que a autoridade monetária agirá se for identificado algum repique de preços. "O BC está sempre vigilante para tomar as medidas necessárias." Além do sistema de metas de inflação e da política fiscal, outro ponto do tripé macroeconômico que será mantido é o da flutuação do câmbio.
Mantega alegou que, se o dólar no Brasil tem sofrido algum direcionamento pelo governo nada mais é do que uma reação à ação de outros países. Essa atuação do governo não macula o sistema de câmbio flutuante brasileiro, segundo o ministro.
Sobre o cenário externo, Mantega disse que não tem condições de afirmar se haverá mudanças. Se elas vierem, considerou, tendem a ser a partir dos Estados Unidos, já que são poucos os sinais provenientes da União Europeia.
"Hoje, os Estados Unidos estão amarrados pelo abismo fiscal, que pode causar recessão. Acho que vão ter bom senso, independentemente do resultado eleitoral", afirmou, salientando que uma recuperação daquele país é "boa para todo o mundo".
Brasília - O ano que vem será de retomada da atividade, na avaliação do governo, que promete reduzir a carga tributária das empresas. "Vamos deixar uma estrutura tributária bastante diferente", prometeu o ministro da Fazenda, Guido Mantega , em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. Outro grupo que sentirá os efeitos da nova condução econômica, segundo ele, é o de investidores, que vinham ao Brasil apenas atrás de juros altos.
Ao desvincular um alinhamento entre Banco Central e Fazenda na estratégia de redução dos juros com expansão econômica, o ministro disse que muitos ficaram sem saber o que fazer com a Selic mais baixa. "Até que descobrem o caminho da felicidade, que é aplicar na produção, já que no financeiro ganham menos."
Mantega salientou que os tributos federais sobre investimentos já foram reduzidos e agora é a vez da diminuição do ICMS, que cabe aos Estados e é considerado um tributo que atrapalha a produção. A primeira discussão sobre o tema será feita amanhã com os governadores. "Tenho esperança de que sejam sensíveis a nossas propostas." Depois, afirmou, haverá uma nova etapa, que é a de simplificar a cobrança de PIS e Cofins.
Para 2013, o cenário econômico está bem mais positivo do que o deste ano, na avaliação do ministro. Segundo Mantega, os índices de inflação serão menores, haverá a desoneração da folha de pagamento para os 40 setores já anunciados, o fim da guerra dos portos e a redução das tarifas de energia. "Mesmo a redução da taxa de juros, que demora certo tempo, estará fazendo efeito no ano que vem", considerou.
Mantega evitou falar de um casamento de ações com o BC. Conforme alguns especialistas, o governo tem tolerado um pouco mais de inflação para poder apresentar uma taxa de crescimento mais robusta. "O regime de metas de inflação está sendo cumprido no Brasil. Mais rigorosamente do que no passado", comparou. "O alinhamento (com o BC) é que a meta é definida em conjunto, mas a gestão é do BC", disse.
Vigilância
Apesar de considerar um quadro mais benigno para a inflação em 2013, o ministro disse que não há dúvidas de que a autoridade monetária agirá se for identificado algum repique de preços. "O BC está sempre vigilante para tomar as medidas necessárias." Além do sistema de metas de inflação e da política fiscal, outro ponto do tripé macroeconômico que será mantido é o da flutuação do câmbio.
Mantega alegou que, se o dólar no Brasil tem sofrido algum direcionamento pelo governo nada mais é do que uma reação à ação de outros países. Essa atuação do governo não macula o sistema de câmbio flutuante brasileiro, segundo o ministro.
Sobre o cenário externo, Mantega disse que não tem condições de afirmar se haverá mudanças. Se elas vierem, considerou, tendem a ser a partir dos Estados Unidos, já que são poucos os sinais provenientes da União Europeia.
"Hoje, os Estados Unidos estão amarrados pelo abismo fiscal, que pode causar recessão. Acho que vão ter bom senso, independentemente do resultado eleitoral", afirmou, salientando que uma recuperação daquele país é "boa para todo o mundo".