Investidores varejistas japoneses ajudam Dilma apoiando real
Os bancos japoneses subscreveram US$ 350 milhões em notas na moeda brasileira em dezembro, a maior parte do mercado de títulos uridashi de mercados emergentes
Da Redação
Publicado em 8 de janeiro de 2014 às 15h40.
A presidente Dilma Rousseff está recebendo ajuda dos investidores varejistas japoneses em seus esforços para impulsionar o real e controlar a inflação .
Os bancos japoneses subscreveram 36,7 bilhões de ienes (US$ 350 milhões) em notas na moeda brasileira em dezembro, a maior parte do mercado de títulos uridashi de mercados emergentes, segundo dados compilados pela Bloomberg e pela Nomura Holdings Inc.
Os investidores que compram essas notas estão trocando sua fidelidade com o peso mexicano, que representou a maior parte das vendas de uridashi em países em desenvolvimento durante os primeiros oito meses de 2013, pelo real.
Embora pesquisas da Bloomberg projetem que a economia do México crescerá 1,2 pontos porcentuais mais rápido do que a de seu vizinho sul-americano neste ano, os investidores japoneses estão cada vez mais atraídos pelos crescentes rendimentos dos títulos brasileiros.
A demanda por ativos denominados em reais é exatamente o que Dilma Rousseff precisa, pois uma desvalorização de 13 por cento da moeda no ano passado contribuiu para que a taxa de inflação subisse acima do limite máximo da meta do Banco Central, de 6,5 por cento.
“Agora, a emissão está passando do peso mexicano para o real brasileiro”, disse Yujiro Goto, estrategista sênior de moedas sediado em Londres da Nomura, a maior corretora do Japão, em entrevista por telefone em 6 de janeiro. “Se oferecermos pesos mexicanos atualmente, os retornos poderiam ser muito menores”.
Os investidores varejistas japoneses costumam ser chamados de “Sra. Watanabe”, pois normalmente as donas-de-casa controlam os orçamentos familiares. Os ativos das famílias japonesas chegam a cerca de 1.598 trilhões de ienes, segundo dados do Banco do Japão.
Taxas em alta
O Banco Central do Brasil elevou sua principal taxa almejada em 2,75 pontos porcentuais para 10 por cento no ano passado, depois que a alta dos preços ao consumidor enfraqueceu a confiança das companhias e do consumidor.
Trata-se do maior aumento entre 49 economias acompanhadas pela Bloomberg depois de 1,75 pontos porcentuais na Indonésia e 0,5 ponto porcentual no Paquistão.
Os aumentos ajudaram a elevar o rendimento da nota do governo brasileiro a dois anos para 12 por cento em 3 de dezembro, o maior valor desde agosto de 2011, segundo dados compilados pela Bloomberg.
A taxa anual de inflação do País desacelerou para 5,77 por cento em novembro frente ao pico de 2013, de 6,7 por cento, registrado em junho.
O peso mexicano está perdendo seu atrativo para os investidores em uridashi depois que o presidente do Banco Central, Agustín Carstens, reduziu a taxa principal do país para o recorde de 3,5 por cento em outubro. O rendimento das notas do país a dois anos caiu de 4,77 por cento em 7 de janeiro de 2013 para 3,7 por cento.
Desempenhos divergentes
No ano passado, o peso valorizou-se 20 por cento frente à moeda do Japão, o maior avanço entre as moedas latino-americanas, e alcançou seu valor mais alto em seis meses, de 8,1039 ienes por unidade, em 19 de dezembro. O real ganhou 5,4 por cento frente ao iene, segundo dados compilados pela Bloomberg.
Em 19 de dezembro, México conseguiu que sua nota de crédito fosse elevada um grau para BBB+, três níveis acima de junk, pela Standard Poor’s.
A companhia chamou as mudanças constitucionais aprovadas no mês passado, que permitem a companhias privadas explorar petróleo no país, de “um momento divisor de águas” para o investimento e o crescimento.
O Brasil, com nota Baa2 do Moody’s Investors Service, um grau abaixo do México, sofreu uma redução da perspectiva da sua nota de positiva para estável em outubro devido à desaceleração da sua economia.
O PIB mexicano se expandirá 3,5 por cento neste ano e 3,9 por cento em 2015, comparado a 2,3 e 2,8 por cento respectivamente para o Brasil, preveem economistas consultados pela Bloomberg.
“Não me surpreende que, comparando os rendimentos, eles vejam o Brasil como muito atrativo”, disse Alejandro Silva, sócio fundador sediado em Chicago da Silva Capital Management LLC, que supervisiona US$ 800 milhões em ativos de mercados emergentes.
“Os retornos das notas brasileiras são tão superiores aos dos outros que faz sentido para mim que eles estejam interessados”.
A presidente Dilma Rousseff está recebendo ajuda dos investidores varejistas japoneses em seus esforços para impulsionar o real e controlar a inflação .
Os bancos japoneses subscreveram 36,7 bilhões de ienes (US$ 350 milhões) em notas na moeda brasileira em dezembro, a maior parte do mercado de títulos uridashi de mercados emergentes, segundo dados compilados pela Bloomberg e pela Nomura Holdings Inc.
Os investidores que compram essas notas estão trocando sua fidelidade com o peso mexicano, que representou a maior parte das vendas de uridashi em países em desenvolvimento durante os primeiros oito meses de 2013, pelo real.
Embora pesquisas da Bloomberg projetem que a economia do México crescerá 1,2 pontos porcentuais mais rápido do que a de seu vizinho sul-americano neste ano, os investidores japoneses estão cada vez mais atraídos pelos crescentes rendimentos dos títulos brasileiros.
A demanda por ativos denominados em reais é exatamente o que Dilma Rousseff precisa, pois uma desvalorização de 13 por cento da moeda no ano passado contribuiu para que a taxa de inflação subisse acima do limite máximo da meta do Banco Central, de 6,5 por cento.
“Agora, a emissão está passando do peso mexicano para o real brasileiro”, disse Yujiro Goto, estrategista sênior de moedas sediado em Londres da Nomura, a maior corretora do Japão, em entrevista por telefone em 6 de janeiro. “Se oferecermos pesos mexicanos atualmente, os retornos poderiam ser muito menores”.
Os investidores varejistas japoneses costumam ser chamados de “Sra. Watanabe”, pois normalmente as donas-de-casa controlam os orçamentos familiares. Os ativos das famílias japonesas chegam a cerca de 1.598 trilhões de ienes, segundo dados do Banco do Japão.
Taxas em alta
O Banco Central do Brasil elevou sua principal taxa almejada em 2,75 pontos porcentuais para 10 por cento no ano passado, depois que a alta dos preços ao consumidor enfraqueceu a confiança das companhias e do consumidor.
Trata-se do maior aumento entre 49 economias acompanhadas pela Bloomberg depois de 1,75 pontos porcentuais na Indonésia e 0,5 ponto porcentual no Paquistão.
Os aumentos ajudaram a elevar o rendimento da nota do governo brasileiro a dois anos para 12 por cento em 3 de dezembro, o maior valor desde agosto de 2011, segundo dados compilados pela Bloomberg.
A taxa anual de inflação do País desacelerou para 5,77 por cento em novembro frente ao pico de 2013, de 6,7 por cento, registrado em junho.
O peso mexicano está perdendo seu atrativo para os investidores em uridashi depois que o presidente do Banco Central, Agustín Carstens, reduziu a taxa principal do país para o recorde de 3,5 por cento em outubro. O rendimento das notas do país a dois anos caiu de 4,77 por cento em 7 de janeiro de 2013 para 3,7 por cento.
Desempenhos divergentes
No ano passado, o peso valorizou-se 20 por cento frente à moeda do Japão, o maior avanço entre as moedas latino-americanas, e alcançou seu valor mais alto em seis meses, de 8,1039 ienes por unidade, em 19 de dezembro. O real ganhou 5,4 por cento frente ao iene, segundo dados compilados pela Bloomberg.
Em 19 de dezembro, México conseguiu que sua nota de crédito fosse elevada um grau para BBB+, três níveis acima de junk, pela Standard Poor’s.
A companhia chamou as mudanças constitucionais aprovadas no mês passado, que permitem a companhias privadas explorar petróleo no país, de “um momento divisor de águas” para o investimento e o crescimento.
O Brasil, com nota Baa2 do Moody’s Investors Service, um grau abaixo do México, sofreu uma redução da perspectiva da sua nota de positiva para estável em outubro devido à desaceleração da sua economia.
O PIB mexicano se expandirá 3,5 por cento neste ano e 3,9 por cento em 2015, comparado a 2,3 e 2,8 por cento respectivamente para o Brasil, preveem economistas consultados pela Bloomberg.
“Não me surpreende que, comparando os rendimentos, eles vejam o Brasil como muito atrativo”, disse Alejandro Silva, sócio fundador sediado em Chicago da Silva Capital Management LLC, que supervisiona US$ 800 milhões em ativos de mercados emergentes.
“Os retornos das notas brasileiras são tão superiores aos dos outros que faz sentido para mim que eles estejam interessados”.