Economia

Integração comercial é maior em Ásia e Europa que na AL

Esta semana se celebrará, no balneário de Puerto Vallarta, localizado no Pacífico, uma reunião entre ministros de Comércio e Economia do G20

No encontro também participarão 900 empresários, funcionários, acadêmicos e líderes de opinião de 71 países (©AFP / Eitan Abramovich)

No encontro também participarão 900 empresários, funcionários, acadêmicos e líderes de opinião de 71 países (©AFP / Eitan Abramovich)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de abril de 2012 às 13h25.

México - A América Latina está em uma situação privilegiada no contexto das atuais incertezas econômicas globais, mas deve avançar na integração comercial, que está ainda em um nível muito abaixo de regiões como Ásia ou Europa, disseram organizadores do Fórum Econômico Mundial da América Latina, que tem início nesta terça-feira no México.

Paralelamente ao Fórum, esta semana se celebrará no balneário de Puerto Vallarta, localizado no Pacífico, uma reunião entre ministros de Comércio e Economia do G20 para discutir a luta contra a corrupção.

Depois que alguns países da região experimentaram no passado dolorosas crises econômicas, a "América Latina está em uma situação muito privilegiada" com "muita disciplina fiscal, controle do gasto público e dos níveis de endividamento", afirmou em coletiva de imprensa Marisol Argueta de Barillas, diretora de América Latina para o Fórum Econômico Mundial.

Contudo, diz Marisol, podem ser feitos mais esforços para promover um intercâmbio intrarregional mais forte, que é de 20% entre os países latino-americanos, comparado com 46% aproximadamente dos países asiáticos e 67% entre os países europeus".

O fórum acontece um mês depois de o Brasil, a maior economia regional, conseguir renegociar com o México o acordo bilateral para limitar o comércio de veículos entre ambos países, sendo que o mesmo pedido foi feito depois pela Argentina.

Segundo Marisol, a região possui desafios comuns como a simplificação das regulamentações e da segurança jurídica, condições relevantes para a competitividade.


O Fórum Econômico Mundial na América Latina, que acontece de 17 a 18 de abril, reunirá o presidente da Espanha, Mariano Rajoy; da Guatemala, Otto Pérez; do Panamá, Ricardo Martinelli; do Suriname, Desi Bouterse; e do México, Felipe Calderón.

No encontro também participarão 900 empresários, funcionários, acadêmicos e líderes de opinião de 71 países.

Ao término do Fórum Econômico Mundial regional, será realizada a reunião do G20 com a participação de 19 ministros da Economia e Comércio e seis vice-ministros das principais economias do mundo.

Outras sete nações foram convidadas para o evento: Peru, Camboja, Espanha, Chile, Colômbia, Nova Zelândia e Singapura, além dos secretários-gerais da Organização Mundial de Comércio, Pascal Lamy, e da Organização para o Comércio e Desenvolvimento Econômico, José Ángel Gurría.

As economias do G20 "estão comprometidas com a abertura de mercados e com um sistema multilateral de comércio baseado em regras claras e justas como a única via de saída ante os desafios econômicos vigentes", afirmou Francisco Rosenzweig, subsecretário de Comércio Exterior do México.

Trata-se da primeira reunião de ministros de Comércio que acontece no G20 antes do encontro que será realizado em junho em Los Cabos, no noroeste do México, disse o funcionário mexicano.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaG20

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto