Relatório sai em pleno questionamento das atividades de Wall Street durante a crise financeira de 2008 (./Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 23 de abril de 2010 às 19h49.
Nova York - Alguns inspetores federais encarregados de vigiar as atividades ilícitas na bolsa de Nova York durante a crise passavam o tempo navegando sites pornô, segundo um informe oficial citado pela ABC.
A investigação feita pela entidade interna encarregada de controlar a SEC (órgão regulador da bolsa) foi revelada pelo canal de televisão ABC, em pleno questionamento das atividades de Wall Street durante a crise financeira de 2008.
Segundo o documento, nos últimos dois anos e meio houve 31 funcionários da SEC que infringiram a norma de não usar os computadores do governo para questões pessoais, inclusive a pornografia.
Esta quantidade representa menos de 1% do total de 3.500 empregados da SEC, mas 17 dos consumidores de pornografia nos escritórios públicos eram altos funcionários do organismo, com salários de até 200.000 dólares anuais.
O relatório citou o caso de um empregado que passava em média oito horas por dia baixando pornografia. Quando ocupou toda a memória com imagens explícitas, baixou outras nos DVDs que guardava no escritório.
Um contador da SEC tentou ter acesso a sites 1.800 vezes, em um período de duas semanas, e tinha 600 imagens pornográgicas em seu HD. Outro fez upload de suas próprias imagens sexualmente explícitas em um site do qual era membro.
A SEC não fez comentários sobre o informe, segundo o qual a maioria dos casos denunciados começaram em 2008, justo na época em que o sistema financeiro vivia uma profunda crise nos Estados Unidos.