Economia

Infra-estrutura

Hora de ligar a chave Depois de enfrentar o racionamento em 2001 e a crise cambial em 2002, o setor de energia elétrica entrou numa situação de paralisia dos investimentos. A queda no consumo, a retração da economia e a falta de um novo marco regulatório abalaram as empresas e prejudicaram os resultados que já […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h19.

Hora de ligar a chave

Depois de enfrentar o racionamento em 2001 e a crise cambial em 2002, o setor de energia elétrica entrou numa situação de paralisia dos investimentos. A queda no consumo, a retração da economia e a falta de um novo marco regulatório abalaram as empresas e prejudicaram os resultados que já vinham combalidos. A receita líquida operacional das 28 maiores companhias de energia do país caiu 13% no primeiro semestre de 2003 em relação a igual período do ano anterior. Um pacote de ajuda ao setor, com 5 bilhões de reais do BNDES, foi destinado a dar novo fôlego financeiro às distribuidoras, as mais afetadas pela sucessão de crises. Contudo, para recuperar os bons desempenhos de outros anos, toda a cadeia -- incluindo as indústrias fornecedoras de equipamentos -- depende de um novo modelo de operação e da volta das obras. O governo prevê a retomada das licitações para a construção de usinas no segundo semestre de 2004. O Brasil tem hoje sobra de energia elétrica, mas se o PIB voltar a crescer 3% ao ano, serão necessários investimentos de 4,8 bilhões de dólares ao ano até 2020 para atender a retomada da economia e afastar o risco de apagões.

Infra-estrutura questão de logística

Apesar de ser um setor em crescimento no Brasil -- em volume de carga, frota e malha ferroviária --, a logística ainda tem muito que avançar. Por causa de estradas esburacadas, ferrovias obsoletas e hidrovias subutilizadas, o Brasil perde 110 bilhões de reais por ano, segundo estudos da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O principal meio de transporte utilizado ainda é o rodoviário -- pelas estradas brasileiras passam 60% de toda a carga movimentada no Brasil.

É um índice muito superior ao dos Estados Unidos, onde apenas 26% do volume de carga é transportado por rodovias. Umas das explicações para essa preferência é o preço do frete. O preço médio do frete rodoviário no Brasil é 18 dólares por 1 000 toneladas por quilômetro viajado, o que representa menos da metade do valor cobrado em países desenvolvidos. O transporte ferroviário, mesmo depois das privatizações, ainda não deslanchou. A extensão da malha -- que se manteve estável nos últimos anos -- é um dos principais empecilhos. Por quê?

O governo deu a concessão para o uso das ferrovias, mas continua sendo o dono dos trilhos. Com isso, nem os concessionários nem o próprio governo assumem novos investimentos na expansão da rede.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Economia

Mercado de trabalho permanece aquecido e eleva desafios à frente

Caged: Brasil criou 232 mil vagas de trabalho em agosto

Pacote de auxílio econômico para companhias aéreas será de R$ 6 bi

Governo autoriza uso de aposentadoria complementar como garantia de empréstimo habitacional