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Inflação sobe 0,67% em abril e 6,28% em 12 meses

Com desaceleração dos preços de transportes e de alimentos e bebidas, IPCA de abril fica abaixo do de março e leva taxa acumulada de 12 meses para 6,28%

Mercado Ver o Peso, em Belém (PA) (Mario Tama/Getty Images)

João Pedro Caleiro

Publicado em 9 de maio de 2014 às 09h48.

São Paulo - O Índice de Preços ao Consumidor Amplo ( IPCA ) foi de 0,67% em abril, de acordo com números divulgados nesta manhã pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Com isso, a inflação brasileira atingiu 6,28% no acumulado dos últimos 12 meses. O número está acima do centro da meta, de 4,5% ao ano, mas não estourou o teto, que é de 6,5%.

A taxa desacelerou em relação a março, quando foi de 0,92%, mas supera abril do ano passado, quando foi de 0,55%.

Setores

A desaceleração em abril foi causada em parte por uma menor alta no preço dos alimentos e bebidas (de 1,92% para 1,19%). O tomate, por exemplo, subiu 32,85% em março e caiu 1,94% em abril.

Houve redução tanto nos alimentos consumidos em casa quanto fora. Ainda assim, grande parte dos itens continua em alta e este segue como o setor com maior impacto no índice final: 0,30 ponto percentual.

A inflação também diminuiu no setor de transportes (de 1,38% para 0,32%). Combustíveis, ônibus e automóveis subiram menos em abril do que no mês anterior. Já as tarifas aéreas foram de uma alta de 26,49% em março para queda de 1,87% em abril.

No total, 5 dos setores monitorados tiveram desaceleração de preços e 4 tiveram aceleração. Comunicação, por exemplo, foi de uma deflação de -1,26% em março para uma alta de 0,02% em abril.

GrupoVariação (%) marçoVariação (%) abril
Índice geral0,92%0,67%
Alimentação e bebidas1,92%1,19%
Habitação0,33%0,87%
Artigos de residência0,38%0,20%
Vestuário0,31%0,47%
Transportes1,38%0,32%
Saúde e cuidados pessoais0,43%1,01%
Despesas pessoais0,79%0,31%
Educação0,53%0,03%
Comunicação-1,26%0,02%
GrupoImpacto (p.p.) marçoImpacto (p.p.) abril
Índice geral0,920,67
Alimentação e bebidas0,470,30
Habitação0,050,12
Artigos de residência0,020,01
Vestuário0,020,03
Transportes0,260,06
Saúde e cuidados pessoais0,050,11
Despesas pessoais0,080,03
Educação0,030,00
Comunicação-0,060,00

Na última semana, a presidente Dilma Rousseff disse que "a inflação está sob controle" mas que "isso não quer dizer que está tudo bem". Já o ministro da Fazenda, Guido Mantega, declarou que "teremos em abril inflação menor e inflação em maio menor ainda e em junho estará em patamar mais tranquilo."

Eles também reagiram à proposta do candidato Eduardo Campos de fixar uma meta de inflação na faixa dos 3% até 2019. Mantega disse que "neste momento não reunimos condições para isso". Para Dilma, uma meta de 3% "significa desemprego lá pelos 8,2%. Eu quero ver como mantém investimento social e investimento público em logística com este esta meta. Não tem como fazer isso."

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São Paulo - O Índice de Preços ao Consumidor Amplo ( IPCA ) foi de 0,67% em abril, de acordo com números divulgados nesta manhã pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Com isso, a inflação brasileira atingiu 6,28% no acumulado dos últimos 12 meses. O número está acima do centro da meta, de 4,5% ao ano, mas não estourou o teto, que é de 6,5%.

A taxa desacelerou em relação a março, quando foi de 0,92%, mas supera abril do ano passado, quando foi de 0,55%.

Setores

A desaceleração em abril foi causada em parte por uma menor alta no preço dos alimentos e bebidas (de 1,92% para 1,19%). O tomate, por exemplo, subiu 32,85% em março e caiu 1,94% em abril.

Houve redução tanto nos alimentos consumidos em casa quanto fora. Ainda assim, grande parte dos itens continua em alta e este segue como o setor com maior impacto no índice final: 0,30 ponto percentual.

A inflação também diminuiu no setor de transportes (de 1,38% para 0,32%). Combustíveis, ônibus e automóveis subiram menos em abril do que no mês anterior. Já as tarifas aéreas foram de uma alta de 26,49% em março para queda de 1,87% em abril.

No total, 5 dos setores monitorados tiveram desaceleração de preços e 4 tiveram aceleração. Comunicação, por exemplo, foi de uma deflação de -1,26% em março para uma alta de 0,02% em abril.

GrupoVariação (%) marçoVariação (%) abril
Índice geral0,92%0,67%
Alimentação e bebidas1,92%1,19%
Habitação0,33%0,87%
Artigos de residência0,38%0,20%
Vestuário0,31%0,47%
Transportes1,38%0,32%
Saúde e cuidados pessoais0,43%1,01%
Despesas pessoais0,79%0,31%
Educação0,53%0,03%
Comunicação-1,26%0,02%
GrupoImpacto (p.p.) marçoImpacto (p.p.) abril
Índice geral0,920,67
Alimentação e bebidas0,470,30
Habitação0,050,12
Artigos de residência0,020,01
Vestuário0,020,03
Transportes0,260,06
Saúde e cuidados pessoais0,050,11
Despesas pessoais0,080,03
Educação0,030,00
Comunicação-0,060,00

Na última semana, a presidente Dilma Rousseff disse que "a inflação está sob controle" mas que "isso não quer dizer que está tudo bem". Já o ministro da Fazenda, Guido Mantega, declarou que "teremos em abril inflação menor e inflação em maio menor ainda e em junho estará em patamar mais tranquilo."

Eles também reagiram à proposta do candidato Eduardo Campos de fixar uma meta de inflação na faixa dos 3% até 2019. Mantega disse que "neste momento não reunimos condições para isso". Para Dilma, uma meta de 3% "significa desemprego lá pelos 8,2%. Eu quero ver como mantém investimento social e investimento público em logística com este esta meta. Não tem como fazer isso."

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