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Inflação oficial ultrapassa o teto da meta em abril

IPCA acumulado em 12 meses atinge 6,51%, segundo o IBGE

Preço da gasolina e do etanol continua pressionando a inflação ao consumidor (SXC.Hu)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2011 às 10h47.

São Paulo* - Apesar da leve desaceleração em abril (0,77%) na comparação com março (0,79%), o índice oficial de inflação acumula alta de 6,51% em 12 meses, ultrapassando o teto da meta (6,50%). Isso não acontecia desde julho de 2005.

No mercado, há analistas que projetam alta ainda maior até agosto, com o IPCA chegando a 8% no acumulado em 12 meses. Porém, a diretoria do Banco Central acredita que os preços passarão a convergir para o centro da meta a partir de setembro, voltando aos 4,50% ao longo de 2012.

O IBGE informa que a taxa dos alimentos foi de 0,58% em abril ante 0,75% de março, totalizando uma alta de 2,74% nos quatro primeiros meses do ano. "Produtos importantes com preços em queda contribuíram para a redução do resultado do grupo no mês, a exemplo do tomate (-18,69%), do açúcar cristal (-2,68%), do arroz (-2,13%) e das carnes (-0,20%), entre outros", diz relatório do instituto.

Dentre os alimentos que tiveram aumento em abril, estão a batata inglesa (17,71%), o feijão carioca (9,79%), os ovos (4,41%), o leite pasteurizado (2,66%), a refeição fora do domicílio (1,25%) e o pão francês (0,54%).

Além de alimentação e bebidas, outros quatro dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IPCA mostraram desaceleração na taxa de março para abril.

Fonte: IBGE
GruposVariação em marçoVariação em abril
Alimentação e Bebidas0,75%0,58%
Vestuário0,56%1,42%
Despesas Pessoais0,78%0,57%
Educação1,04%0,09%
Saúde e Cuidados Pessoais0,45%0,98%
Habitação0,46%0,77%
Artigos de Residência0,21%-0,62%
Transportes1,56%1,57%
Comunicação0,17%0,00%
IPCA total0,79%0,77%

Vilão da inflação - Transporte, por outro lado, continuou sendo o grupo de maior alta, por influência direta dos combustíveis. A expectativa dos analistas é de que os preços da gasolina e do etanol recuem a partir de maio, aliviando o índice oficial de inflação.

"Os preços do etanol, que haviam subido 10,78% em março, atingiram 11,20% em abril, totalizando 31,09% no ano. Com isso, influenciaram o preço da gasolina, que ficou 6,26% mais cara em abril, após 1,97% em março, num total de 9,58% no ano. Juntos, os combustíveis tiveram alta de 6,53% no mês e foram responsáveis por 0,30 ponto percentual do IPCA, sendo 0,05 do etanol e 0,25 da gasolina", informa o IBGE.

Vestuário ficou com a segunda maior variação entre os grupos: 1,42% em abril, após 0,56% em março. Quase todos os itens apresentaram variações expressivas, com destaque para as roupas infantis, que aumentaram 1,97%.

O instituto também divulga a inflação oficial medida em várias regiões. Curitiba (1,23%) liderou a alta dos preços no mês passado por culpa nas tarifas dos ônibus urbanos, intermunicipais e na taxa de água e esgoto. Já Belém teve o menor índice: 0,40%.

Fonte: IBGE
RegiõesAbril
Curitiba1,23%
Porto Alegre1,04%
Goiânia0,90%
Rio de Janeiro0,82%
São Paulo0,79%
Fortaleza0,64%
Salvador0,63%
Recife0,62%
Belo Horizonte0,50%
Brasília0,49%
Belém0,40%
Brasil0,77%

* Matéria ampliada às 9h36

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São Paulo* - Apesar da leve desaceleração em abril (0,77%) na comparação com março (0,79%), o índice oficial de inflação acumula alta de 6,51% em 12 meses, ultrapassando o teto da meta (6,50%). Isso não acontecia desde julho de 2005.

No mercado, há analistas que projetam alta ainda maior até agosto, com o IPCA chegando a 8% no acumulado em 12 meses. Porém, a diretoria do Banco Central acredita que os preços passarão a convergir para o centro da meta a partir de setembro, voltando aos 4,50% ao longo de 2012.

O IBGE informa que a taxa dos alimentos foi de 0,58% em abril ante 0,75% de março, totalizando uma alta de 2,74% nos quatro primeiros meses do ano. "Produtos importantes com preços em queda contribuíram para a redução do resultado do grupo no mês, a exemplo do tomate (-18,69%), do açúcar cristal (-2,68%), do arroz (-2,13%) e das carnes (-0,20%), entre outros", diz relatório do instituto.

Dentre os alimentos que tiveram aumento em abril, estão a batata inglesa (17,71%), o feijão carioca (9,79%), os ovos (4,41%), o leite pasteurizado (2,66%), a refeição fora do domicílio (1,25%) e o pão francês (0,54%).

Além de alimentação e bebidas, outros quatro dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IPCA mostraram desaceleração na taxa de março para abril.

Fonte: IBGE
GruposVariação em marçoVariação em abril
Alimentação e Bebidas0,75%0,58%
Vestuário0,56%1,42%
Despesas Pessoais0,78%0,57%
Educação1,04%0,09%
Saúde e Cuidados Pessoais0,45%0,98%
Habitação0,46%0,77%
Artigos de Residência0,21%-0,62%
Transportes1,56%1,57%
Comunicação0,17%0,00%
IPCA total0,79%0,77%

Vilão da inflação - Transporte, por outro lado, continuou sendo o grupo de maior alta, por influência direta dos combustíveis. A expectativa dos analistas é de que os preços da gasolina e do etanol recuem a partir de maio, aliviando o índice oficial de inflação.

"Os preços do etanol, que haviam subido 10,78% em março, atingiram 11,20% em abril, totalizando 31,09% no ano. Com isso, influenciaram o preço da gasolina, que ficou 6,26% mais cara em abril, após 1,97% em março, num total de 9,58% no ano. Juntos, os combustíveis tiveram alta de 6,53% no mês e foram responsáveis por 0,30 ponto percentual do IPCA, sendo 0,05 do etanol e 0,25 da gasolina", informa o IBGE.

Vestuário ficou com a segunda maior variação entre os grupos: 1,42% em abril, após 0,56% em março. Quase todos os itens apresentaram variações expressivas, com destaque para as roupas infantis, que aumentaram 1,97%.

O instituto também divulga a inflação oficial medida em várias regiões. Curitiba (1,23%) liderou a alta dos preços no mês passado por culpa nas tarifas dos ônibus urbanos, intermunicipais e na taxa de água e esgoto. Já Belém teve o menor índice: 0,40%.

Fonte: IBGE
RegiõesAbril
Curitiba1,23%
Porto Alegre1,04%
Goiânia0,90%
Rio de Janeiro0,82%
São Paulo0,79%
Fortaleza0,64%
Salvador0,63%
Recife0,62%
Belo Horizonte0,50%
Brasília0,49%
Belém0,40%
Brasil0,77%

* Matéria ampliada às 9h36

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