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Inflação no país deve recuar de novo em setembro

ÀS SETE - Caso seja confirmada a tendência de queda no acumulado de 12 meses, o índice se aproxima ao recorde de fevereiro de 1999, de 2,24%

As quedas recentes foram beneficiadas em especial pelo efeito no mercado da colheita da safra agrícola recorde deste ano (Mario Tama/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2017 às 06h41.

Última atualização em 6 de outubro de 2017 às 07h39.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulga nesta sexta-feira o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo de setembro. Em agosto, o índice para o acumulado de 12 meses ficou em 2,46%.

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Naquela ocasião, a inflação oficial do país havia subido 0,19% no mês e registrado 0,24% no período anterior. Em setembro de 2016, o IPCA marcava 8,48% de alta, segundo a série histórica do IBGE. De lá para cá, o percentual vem caindo a cada mês.

Caso seja confirmada a tendência de queda no acumulado de 12 meses, o índice se aproxima ao recorde de fevereiro de 1999, de 2,24%. Além disso, rompe a marca de um ano de quedas consecutivas na inflação mês a mês.

As quedas recentes foram beneficiadas em especial pelo efeito no mercado da colheita da safra agrícola recorde deste ano, que derrubou preços de alimentos.

São bens com alta taxa de consumo e que, por consequência, impactam nos valores praticados desde a base de diversos setores.

Em agosto, os itens que tiveram maior queda foram o feijão carioca, com -14,86% no índice de preços, tomate, com -13,85%, açúcar cristal, -5,90%, e leite longa vida, -4,26%.

Na prévia da inflação para setembro, o IBGE estima que a alta dos preços foi de 0,11% em setembro, após registrar 0,35% no mês passado, o menor para o mês desde 2006 (0,05%).

A prévia acumulada em 12 meses é de 2,56%, abaixo dos 2,68% de agosto e menor alta para setembro desde 1998 (2,45%).

Novamente, a baixa foi motivada por alimentos. Tomate teve -20,94% nos preços, o feijão-carioca registrou -11,67%, alho, -7,96% e o açúcar cristal, -4,71%.

O IPCA mede altas de preços nas regiões metropolitanas de São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Vitória, Belém, Brasília, e nos municípios de Goiânia e Campo Grande.

Se a nova queda na inflação for confirmada, o país vai dar mais um passo para terminar o ano abaixo da meta definida pelo Banco Central, no intervalo entre 3% e 6%, reforçando a pressão por uma redução mais acelerada dos juros, atualmente em 8,25%. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária está marcada para os dias 24 e 25 de outubro.

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