Inflação fraca pode levar China a relaxamento monetário
A perda de participação do setor exportador impede que os fabricantes de bens de consumo elevem os preços
Da Redação
Publicado em 10 de novembro de 2015 às 05h51.
São Paulo - A última rodada de dados fracos da inflação da China evidencia a pressão sobre Pequim para continuar relaxando sua política monetária e permitir que o iuane se desvalorize ainda mais, segundo analistas.
Números divulgados no fim da noite de ontem, referentes a outubro, mostraram que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) chinês teve alta anual de 1,3%, ante previsão de aumento de 1,4%, enquanto o índice de preços ao produtor (PPI) registrou queda anual de 5,9%, maior do que o declínio previsto de 5,8%.
Segundo Bill Adams, economista do PNC Financial Services Group, os preços baixos do petróleo e de outras commodities globais estão contendo a inflação na China, ao mesmo tempo em que a fraca demanda doméstica previne pressões de custo internas.
Além disso, Adams pondera que a perda de participação do setor exportador impede que os fabricantes de bens de consumo elevem os preços.
"Como a demanda doméstica e externa provavelmente continuará contida, esperamos que o banco central da China continue a ver espaço para relaxar a política monetária nos próximos meses", disse Adams.
Para economistas da ANZ, as leituras de preços de outubro refletem a intensificação de pressões deflacionárias.
"Como o ciclo dos preços da carne de porco parece ter atingido o ápice e os ganhos de preços estão diminuindo, é improvável que o CPI veja uma alta substancial no futuro próximo", avaliam. Em outubro, os custos da carne de porco na China subiram 15,8% ante um ano antes, depois de avançarem 17,4% em setembro.
"O CPI de hoje abre ainda mais a porta para que o PBoC (o BC chinês) relaxe mais a política monetária, por meio de cortes nos compulsórios e nas taxas de juros", afirma a ANZ.
Na visão de Yan Ling, economista da China Merchants Securities, o CPI chinês deve ganhar força nos próximos meses, mas uma ligeira recuperação dos preços não será impedimento para o PBoC manter a trajetória de relaxamento monetário.
Yan prevê uma nova redução dos compulsórios ainda este ano, mas acha improvável que ocorra um novo corte nos juros antes de 2016.
São Paulo - A última rodada de dados fracos da inflação da China evidencia a pressão sobre Pequim para continuar relaxando sua política monetária e permitir que o iuane se desvalorize ainda mais, segundo analistas.
Números divulgados no fim da noite de ontem, referentes a outubro, mostraram que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) chinês teve alta anual de 1,3%, ante previsão de aumento de 1,4%, enquanto o índice de preços ao produtor (PPI) registrou queda anual de 5,9%, maior do que o declínio previsto de 5,8%.
Segundo Bill Adams, economista do PNC Financial Services Group, os preços baixos do petróleo e de outras commodities globais estão contendo a inflação na China, ao mesmo tempo em que a fraca demanda doméstica previne pressões de custo internas.
Além disso, Adams pondera que a perda de participação do setor exportador impede que os fabricantes de bens de consumo elevem os preços.
"Como a demanda doméstica e externa provavelmente continuará contida, esperamos que o banco central da China continue a ver espaço para relaxar a política monetária nos próximos meses", disse Adams.
Para economistas da ANZ, as leituras de preços de outubro refletem a intensificação de pressões deflacionárias.
"Como o ciclo dos preços da carne de porco parece ter atingido o ápice e os ganhos de preços estão diminuindo, é improvável que o CPI veja uma alta substancial no futuro próximo", avaliam. Em outubro, os custos da carne de porco na China subiram 15,8% ante um ano antes, depois de avançarem 17,4% em setembro.
"O CPI de hoje abre ainda mais a porta para que o PBoC (o BC chinês) relaxe mais a política monetária, por meio de cortes nos compulsórios e nas taxas de juros", afirma a ANZ.
Na visão de Yan Ling, economista da China Merchants Securities, o CPI chinês deve ganhar força nos próximos meses, mas uma ligeira recuperação dos preços não será impedimento para o PBoC manter a trajetória de relaxamento monetário.
Yan prevê uma nova redução dos compulsórios ainda este ano, mas acha improvável que ocorra um novo corte nos juros antes de 2016.