Economia

Inércia inflacionária;explica estouro da meta em 2003, diz BC

Para Henrique Meirelles, presidente do Banco Central, o estouro da meta de inflação no ano passado foi "perfeitamente aceitável". As justificativas para o não cumprimento foram expostas em carta enviada por Meirelles ao ministro da Fazenda, Antonio Palocci, divulgada nesta sexta-feira (20/2). "O valor de 9,3%, que supera a meta ajustada em apenas 0,8 ponto […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h56.

Para Henrique Meirelles, presidente do Banco Central, o estouro da meta de inflação no ano passado foi "perfeitamente aceitável". As justificativas para o não cumprimento foram expostas em carta enviada por Meirelles ao ministro da Fazenda, Antonio Palocci, divulgada nesta sexta-feira (20/2).

"O valor de 9,3%, que supera a meta ajustada em apenas 0,8 ponto percentual, encontra-se dentro de uma margem de erro perfeitamente aceitável", diz o documento.

A maior alta da inflação se concentrou nos primeiros meses de 2003, que sofreram a pressão vinda dos últimos meses do ano anterior. Tal pressão só começou a ceder, diz a carta, a partir de maio, quando teve início uma retomada de confiança na política monetária e fiscal do novo governo.

Paralelamente, o Banco Central elevou os juros para 26,5% em fevereiro, o que ajudou a conter a inércia inflacionária - que foi a maior em sete anos devido sobretudo à desvalorização cambial em meio à turbulência das eleições.

A meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para 2003 era de 4%, com tolerância de 2,5 pontos percentuais para cima ou para baixo. Em meio à escalada dos preços, o BC propôs em janeiro de 2003 a meta ajustada de 8,5%. Medida pelo IPCA, a taxa subiu 9,3%, marcando o terceiro ano consecutivo de descumprimento da meta.

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