Indústria puxa emergentes no fim de 2012, diz HSBC
O Índice de Mercados Emergentes (EMI), do banco HSBC, atingiu 52,9 pontos nos últimos três meses de 2012
Da Redação
Publicado em 10 de janeiro de 2013 às 09h29.
São Paulo - O crescimento dos países emergentes acelerou "ligeiramente" no quarto trimestre do ano passado em função da expansão do setor industrial. É o que mostra o Índice de Mercados Emergentes (EMI), do banco HSBC, que atingiu 52,9 nos últimos três meses de 2012, uma melhora em relação aos 52,2 do terceiro trimestre do ano passado.
Segundo Stephen King, economista-chefe do banco, após uma contração modesta entre julho e setembro de 2012, a atividade se recuperou no quarto trimestre. Já há sinais "encorajadores para os primeiros meses de 2013", acrescenta King, em relatório para clientes.
"Os estoques de bens finais caíram no quarto trimestre, após uma fase anterior do que parece ter sido um reabastecimento involuntário associado com a crise da zona do euro", diz King. "O volume de novos pedidos está aumentando, crescendo pela segunda taxa mais rápida desde o segundo trimestre de 2011", completa.
De acordo com o banco, a produção industrial cresceu modestamente nos três últimos meses do ano passado nos mercados emergentes, refletindo principalmente uma retomada do crescimento na China e no Brasil e expansões mais acentuadas na Índia, no México e na Turquia.
Ao mesmo tempo, continua a análise do HSBC, a atividade no setor de serviços dos mercados emergentes cresceu por uma taxa apenas marginalmente mais forte do que o recorde de baixa de quatro trimestres observado entre julho e setembro de 2012.
No caso do Brasil, a produção do setor industrial voltou a subir, expandindo-se pela taxa mais rápida desde o primeiro trimestre de 2011. A atividade do setor de serviços, no entanto, cresceu apenas moderadamente no quarto trimestre, após a estagnação observada no trimestre anterior.
Apesar da recuperação nos países emergentes, a expansão nesses mercados ainda está bem abaixo dos níveis pré-crise. "As leituras mais recentes não chegam a ser uma prova de crescimento econômico vigoroso", diz King. "Grande parte dessas notícias melhores parece vir do mercado interno; o volume de pedidos para exportação ainda está se contraindo, embora não pelo ritmo preocupante observado no meio do ano passado".
King ressalta que países com mercado interno mais robusto sofrem menos que os dependentes das exportações, como é o caso brasileiro. Ainda assim, esses mercados não estão isentos de problemas. "No Brasil, o tão esperado crescimento em investimentos antes da Copa do Mundo de 2014 não aconteceu", afirma.
Com relação à China, o HSBC vê uma recuperação do ritmo de crescimento, passando para de 8,6% em 2013, contra 7,8% no ano passado. Para o mundo emergente como um todo, o HSBC antecipa um crescimento de 5,4% neste ano, acima dos 4,8% do período anterior.
"Embora, em nossas previsões, o crescimento não vá retomar o ritmo observado na pré-crise financeira, a China é agora uma economia muito maior do que era naquela época e, embora a sua própria taxa de crescimento possa ter desacelerado, a sua contribuição para o crescimento global está em ascensão", avalia o especialista. "Em nossos cálculos, a China fará a sua maior contribuição para o crescimento global em 2014", completa.
O EMI se baseia em 23 pesquisas PMI (Índice Gerente de Compras) conduzidas em 18 mercados emergentes pelo banco HSBC com o objetivo de fornecer as tendências para a economia.
São Paulo - O crescimento dos países emergentes acelerou "ligeiramente" no quarto trimestre do ano passado em função da expansão do setor industrial. É o que mostra o Índice de Mercados Emergentes (EMI), do banco HSBC, que atingiu 52,9 nos últimos três meses de 2012, uma melhora em relação aos 52,2 do terceiro trimestre do ano passado.
Segundo Stephen King, economista-chefe do banco, após uma contração modesta entre julho e setembro de 2012, a atividade se recuperou no quarto trimestre. Já há sinais "encorajadores para os primeiros meses de 2013", acrescenta King, em relatório para clientes.
"Os estoques de bens finais caíram no quarto trimestre, após uma fase anterior do que parece ter sido um reabastecimento involuntário associado com a crise da zona do euro", diz King. "O volume de novos pedidos está aumentando, crescendo pela segunda taxa mais rápida desde o segundo trimestre de 2011", completa.
De acordo com o banco, a produção industrial cresceu modestamente nos três últimos meses do ano passado nos mercados emergentes, refletindo principalmente uma retomada do crescimento na China e no Brasil e expansões mais acentuadas na Índia, no México e na Turquia.
Ao mesmo tempo, continua a análise do HSBC, a atividade no setor de serviços dos mercados emergentes cresceu por uma taxa apenas marginalmente mais forte do que o recorde de baixa de quatro trimestres observado entre julho e setembro de 2012.
No caso do Brasil, a produção do setor industrial voltou a subir, expandindo-se pela taxa mais rápida desde o primeiro trimestre de 2011. A atividade do setor de serviços, no entanto, cresceu apenas moderadamente no quarto trimestre, após a estagnação observada no trimestre anterior.
Apesar da recuperação nos países emergentes, a expansão nesses mercados ainda está bem abaixo dos níveis pré-crise. "As leituras mais recentes não chegam a ser uma prova de crescimento econômico vigoroso", diz King. "Grande parte dessas notícias melhores parece vir do mercado interno; o volume de pedidos para exportação ainda está se contraindo, embora não pelo ritmo preocupante observado no meio do ano passado".
King ressalta que países com mercado interno mais robusto sofrem menos que os dependentes das exportações, como é o caso brasileiro. Ainda assim, esses mercados não estão isentos de problemas. "No Brasil, o tão esperado crescimento em investimentos antes da Copa do Mundo de 2014 não aconteceu", afirma.
Com relação à China, o HSBC vê uma recuperação do ritmo de crescimento, passando para de 8,6% em 2013, contra 7,8% no ano passado. Para o mundo emergente como um todo, o HSBC antecipa um crescimento de 5,4% neste ano, acima dos 4,8% do período anterior.
"Embora, em nossas previsões, o crescimento não vá retomar o ritmo observado na pré-crise financeira, a China é agora uma economia muito maior do que era naquela época e, embora a sua própria taxa de crescimento possa ter desacelerado, a sua contribuição para o crescimento global está em ascensão", avalia o especialista. "Em nossos cálculos, a China fará a sua maior contribuição para o crescimento global em 2014", completa.
O EMI se baseia em 23 pesquisas PMI (Índice Gerente de Compras) conduzidas em 18 mercados emergentes pelo banco HSBC com o objetivo de fornecer as tendências para a economia.