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Indústria faz previsão otimista para o trimestre

Sondagem revela que 46% das empresas prevêem aumento da demanda

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h44.

As perspectivas do setor industrial para os próximos três meses são otimistas. De acordo com sondagem realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), 46% das empresas prevêem aumento da demanda por produtos industriais. Na avaliação de apenas 14%, haverá diminuição. A diferença entre as avaliações, de 32 pontos percentuais, está dentro da média verificada no mês de julho nos últimos dez anos.

A sondagem, feita com 935 indústrias, revela que as previsões do setor são um pouco melhores para a demanda interna. Quase metade das entrevistadas (49%) estima um aumento para o mercado doméstico. De acordo com a FGV, a diferença de 38 pontos percentuais supera o resultado da previsão para o igual período do ano passado, de 33 pontos percentuais.

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Quanto à demanda interna, 32% das empresas aguardam um aumento, enquanto 17% avaliam que haverá queda. A diferença entre as duas avaliações, de 15 pontos percentuais, ficou um pouco abaixo dos 17 pontos percentuais apurados no mesmo mês de 2005. De acordo com a FGV, houve aumento das expectativas em relação à demanda externa na comparação com o estimado em abril deste ano.

Produção em alta

A sondagem mostra perspectivas mais favoráveis para a produção: 49% pretendem expandi-la, enquanto 11% planejam uma redução. A FGV destaca que a diferença de 38 pontos percentuais é maior que os 33 pontos percentuais apurados em igual período de 2005 e supera a média histórica para o período, de 35 pontos percentuais.

As empresas também demonstraram uma perspectiva otimista em relação ao emprego. Segundo a sondagem, 26% pretendem realizar contratações e 13%, demissões. O plano de alta dos preços é considerado por 34% das empresas pesquisadas. O percentual é superior ao verificado em abril deste ano, quando 28% das entrevistadas pretendiam praticar aumentos. Do total das empresas, 10% planejam redução dos preços. Em abril, 17% tinham essa intenção.

Do total das indústrias que participaram da sondagem, 56% trabalham sem restrições à expansão da produção no curto prazo. O nível de estoque foi considerado excessivo por 11% das consultadas e insuficiente por 4% delas. A FGV informa que a diferença entre as respostas revela uma normalidade do nível de estoques para o período.

Segundo a sondagem, o nível médio de utilização da capacidade instalada da indústria, de 84,9% em julho, é o maior verificado para o período desde 1980. Com ajuste sazonal, o nível de 84,5% no mês ficou acima dos 83,7% registrados em abril deste ano.

De acordo com a FGV, 54% das empresas avaliam que a situação dos negócios vai melhorar entre julho e dezembro deste ano. Outros 10% estimam uma piora no quadro. "Os prognósticos para os próximos três meses são os melhores desde a virada do ano, quando a atividade industrial começou a fase atual de reaquecimento", informa a FGV.

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