Indústria de trigo do Brasil acha mudança na Argentina boa
A vitória do oposicionista Mauricio Macri na eleição presidencial argentina foi vista como positiva pela indústria de trigo do Brasil
Da Redação
Publicado em 23 de novembro de 2015 às 16h53.
São Paulo - A vitória do oposicionista Mauricio Macri na eleição presidencial argentina foi vista como positiva pela indústria de trigo do Brasil, que historicamente importa a maior parte do cereal no país vizinho, cuja política atual é considerada restritiva à produção local.
O presidente da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), Sérgio Amaral, agora espera que Macri cumpra suas promessas de campanha, de retirar os impostos de exportação sobre trigo e também acabar com os registros de exportação do cereal, que limitam os embarques.
"É verdade que isso pode ser feito de maneira mais progressiva, mas de qualquer forma a notícia é relevante, porque o trigo que vier a ser importado da Argentina não sofrerá com restrições e custos que hoje estão onerando exportações", afirmou Amaral à Reuters.
Especialistas na Argentina avaliam que a produção e as exportações de commodities agrícolas poderão saltar nos próximos anos, à medida que o país adote políticas mais favoráveis aos produtores.
O líder de oposição Macri venceu o candidato governista Daniel Scioli na eleição de domingo, encerrando uma briga de longa data entre agricultores e o grupo da presidente Cristina Kirchner.
O especialista no setor Pablo Adreani, que acompanha o agronegócio no país vizinho há décadas, avalia que as exportações de trigo poderão aumentar de 4,3 milhões de toneladas nesta temporada para 11 milhões em 2018/19.
A segunda questão importante para o Brasil, acrescentou Amaral, da Abitrigo, é a anunciada retirada do que a associação chama de "subsídios" na exportação da farinha.
Isso porque a Argentina aplica uma taxa de 13 por cento na exportação de farinha de trigo e de 23 por cento na exportação de trigo, o que muitas vezes acaba favorecendo exportações do produto processado (farinha) para o Brasil, afetando a indústria brasileira.
De janeiro a outubro, as importações de trigo pelo Brasil somaram 4,2 milhões de toneladas, e a Argentina respondeu por quase 80 por cento do que o país importou, segundo dados do governo brasileiro compilados pela Abitrigo.
São Paulo - A vitória do oposicionista Mauricio Macri na eleição presidencial argentina foi vista como positiva pela indústria de trigo do Brasil, que historicamente importa a maior parte do cereal no país vizinho, cuja política atual é considerada restritiva à produção local.
O presidente da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), Sérgio Amaral, agora espera que Macri cumpra suas promessas de campanha, de retirar os impostos de exportação sobre trigo e também acabar com os registros de exportação do cereal, que limitam os embarques.
"É verdade que isso pode ser feito de maneira mais progressiva, mas de qualquer forma a notícia é relevante, porque o trigo que vier a ser importado da Argentina não sofrerá com restrições e custos que hoje estão onerando exportações", afirmou Amaral à Reuters.
Especialistas na Argentina avaliam que a produção e as exportações de commodities agrícolas poderão saltar nos próximos anos, à medida que o país adote políticas mais favoráveis aos produtores.
O líder de oposição Macri venceu o candidato governista Daniel Scioli na eleição de domingo, encerrando uma briga de longa data entre agricultores e o grupo da presidente Cristina Kirchner.
O especialista no setor Pablo Adreani, que acompanha o agronegócio no país vizinho há décadas, avalia que as exportações de trigo poderão aumentar de 4,3 milhões de toneladas nesta temporada para 11 milhões em 2018/19.
A segunda questão importante para o Brasil, acrescentou Amaral, da Abitrigo, é a anunciada retirada do que a associação chama de "subsídios" na exportação da farinha.
Isso porque a Argentina aplica uma taxa de 13 por cento na exportação de farinha de trigo e de 23 por cento na exportação de trigo, o que muitas vezes acaba favorecendo exportações do produto processado (farinha) para o Brasil, afetando a indústria brasileira.
De janeiro a outubro, as importações de trigo pelo Brasil somaram 4,2 milhões de toneladas, e a Argentina respondeu por quase 80 por cento do que o país importou, segundo dados do governo brasileiro compilados pela Abitrigo.