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Da Redação
Publicado em 11 de março de 2015 às 08h41.
Pequim - O crescimento do investimento, das vendas no varejo e da produção industrial da China ficou abaixo das expectativas em janeiro e fevereiro, atingindo mínimas de vários anos e deixando investidores com poucas dúvidas de que a economia ainda está perdendo força e tem necessidade de mais medidas de apoio.
Os dados foram publicados um dia depois de números mostrarem que as pressões deflacionárias ao produtor se intensificaram em fevereiro, reforçando as expectativas de mais cortes na taxa de juros e outras medidas de afrouxamento para evitar uma desaceleração mais forte na segunda maior economia do mundo.
"Dados de atividade surpreenderam o mercado por uma ampla margem, sugerindo que o crescimento do PIB no quarto trimestre pode provavelmente cair para abaixo de 7 por cento", escreveu o economista Li-Gang Liu, do ANZ, em nota.
"Em nossa visão, os dados extremamente fracos no início do ano sugerem que a China precisa adotar um afrouxamento da política monetária mais agressivo, e vemos um corte da taxa de compulsório como iminente", disse ele, acrescentando que medidas de estímulo adotadas desde o ano passado parecem ter tido efeito limitado.
A produção industrial da China cresceu 6,8 por cento em janeiro e fevereiro na comparação com o mesmo período do ano passado, informou a Agência Nacional de Estatísticas nesta quarta-feira, a expansão mais fraca desde a crise financeira global no final de 2008.
Analistas consultados pela Reuters esperavam uma alta de 7,8 por cento.
As vendas no varejo subiram 10,7 por cento nos dois primeiros meses do ano, ritmo mais lento em uma década e contra expectativa de alta de 11,7 por cento.
O investimento em ativos fixos, importante motor da economia chinesa, subiu 13,9 por cento em janeiro e fevereiro sobre o ano anterior, expansão mais fraca desde 2001 e ante expectativa de ganho de 15 por cento.
A China divulga somados os dados de janeiro e fevereiro para investimento, vendas no varejo e produção industrial para minimizar distorções pelo feriado de Ano Novo Lunar, que caiu no final de janeiro no ano passado mas em meados de fevereiro neste ano.
O crescimento fraco na produção industrial reforça a visão de que a expansão econômica da China vai desacelerar para cerca de 7 por cento neste ano ante 7,4 por cento em 2014, mesmo com esperadas medidas adicionais de estímulo.