Economia

ICD avança 1% em dezembro e chega ao maior nível desde 2007

Em relação a dezembro de 2014, o crescimento acumulado no ICD foi de 35,9%


	Desemprego: em relação a dezembro de 2014, o crescimento acumulado no ICD foi de 35,9%
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Desemprego: em relação a dezembro de 2014, o crescimento acumulado no ICD foi de 35,9% (.)

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Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2016 às 09h41.

Rio - O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) avançou 1,0% em dezembro na comparação com o mês anterior, para 100,0 pontos, considerando os dados ajustados sazonalmente.

O resultado representa o maior nível desde março de 2007, quando o indicador estava em 101,5 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira, 12.

Em relação a dezembro de 2014, o crescimento acumulado no ICD foi de 35,9%.

De acordo com a FGV, dezembro registrou a quarta alta consecutiva no ICD, movimento que reforça a continuidade de tendência de aumento do desemprego.

"A alta do ICD reflete o aumento persistente do desemprego, percebido por consumidores de todas as faixas de renda familiar, com destaque para os extremos: as famílias de renda mais baixa e as de renda mais elevada", destacou Itaiguara Bezerra, economista do Ibre/FGV, em nota oficial.

O avanço do ICD em dezembro teve contribuição dos consumidores com renda mensal de até R$ 2.100,00, cujo Indicador de Emprego (invertido) variou 2,2%, enquanto a faixa dos que possuem renda superior a R$ 9.600,00 teve alta de 2,0%.

O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho.

Indicador Antecedente

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) cresceu 2,6% em dezembro ante o mês imediatamente anterior, nos dados com ajuste sazonal, para 70,0 pontos. No acumulado de 2015, entretanto, o indicador registrou queda de 7,9%, informou a FGV.

Com o resultado do último mês do ano, o indicador de médias móveis trimestrais reverteu a trajetória de queda e passa agora a sinalizar taxas menos intensas de redução do total de pessoal ocupado na economia ao longo dos próximos meses, avaliou a fundação.

"No caso do IAEmp, a mudança de tendência do indicador deve ser analisada com cautela, já que o resultado pode sinalizar uma atenuação das taxas negativas, mas seus níveis ainda muito baixos indicam que a fase de ajustes do mercado de trabalho brasileiro ainda está longe de acabar", ponderou Itaiguara Bezerra em nota oficial.

Os indicadores que mais contribuíram para o avanço do IAEmp em dezembro foram os que mensuram o ímpeto de contratações na indústria nos três meses seguintes, na Sondagem da Indústria, e a perspectiva dos consumidores de encontrar emprego futuro na própria região, na Sondagem do Consumidor.

O IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho brasileiro.

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