Índia eleva exportação a Irã e Ásia; toma fatia do Brasil
Usinas indianas são auxiliadas por um pacote de incentivos à produção e pela recuperação dos preços mundiais
Da Redação
Publicado em 12 de março de 2014 às 14h57.
Londres/Mumbai - As usinas indianas estão exportando mais açúcar bruto para o Irã e mercados asiáticos, auxiliadas por um pacote de incentivos à produção e pela recuperação dos preços mundiais, abocanhando parte da fatia do Brasil, o maior exportador mundial.
"Há uma forte corrente de comércio físico da Índia, ajudada pelo rali nos preços mundiais do açúcar, incentivos à exportação e a compensação da rupia (a moeda indiana)", disse Jonathan Kingsman, chefe da divisão para agricultura do provedor de dados Platts.
As usinas indianas com problemas de liquidez, que têm enfrentado dificuldades para pagar os produtores de cana devido aos baixos preços globais do açúcar, receberam um impulso no mês passado, quando as autoridades aprovaram um pacote de incentivos no valor de 3.300 rupias por tonelada para estimular as exportações de estoques substanciais.
Uma fonte sênior do mercado europeu estimou que as usinas indianas venderam cerca de 315 mil toneladas de açúcar bruto para o Irã de dezembro a março, e que mais 200 mil toneladas de açúcar bruto indiano foram vendidos a comerciantes locais no Irã.
De acordo com estimativas da indústria indiana, as usinas poderiam vender um adicional de 250 mil toneladas para o Irã nesta temporada.
As exportações têm sido principalmente para o Irã, com o incentivo financeiro adicional pelo mecanismo chamado compensação da rupia somando-se ao prêmio de 15 a 30 dólares por tonelada para as usinas indianas.
A Kingsman disse que Bangladesh e Malásia estão entre outros mercados para onde a Índia tem feito as vendas, em detrimento do Brasil.
Os contratos futuros do açúcar bruto subiram para o pico de quatro meses no início do mês, por preocupações de que a seca no Brasil pode atingir a produção, tornando as exportações mais atrativas para as usinas indianas.
Malásia e Indonésia
Naim Beydoun, da Swiss Sugar Brokers, disse acreditar que vendas de açúcar bruto indiano para a Malásia e a Indonésia poderão ocorrer nos próximos meses, se o produto for competitivo em termos de qualidade.
Ele também disse que as ofertas de açúcar bruto indiano no mercado internacional podem corroer os negócios no mercado físico para o Brasil, o maior exportador.
"Se você considera os subsídios indianos, a disponibilidade de açúcar tailandês, e o preço do açúcar em alta, isso não é propício para preços à vista firmes para o Brasil", disse Beydoun.
O açúcar bruto de alta qualidade brasileiro foi ofertado com um desconto de 25 a 30 pontos sobre o contrato maio na ICE esta semana, sinalizando demanda física moderada.
A Índia, maior consumidor global e segundo maior produtor do mundo depois do Brasil, pode oscilar de exportador líquido a importador. Quando a Índia exporta o adoçante, normalmente ela vende o açúcar branco de baixa qualidade para os mercados regionais.
A Índia exportou 1,2 milhão de toneladas de açúcar entre outubro e fevereiro, incluindo 500 mil toneladas do açúcar bruto, de acordo com a Associação Indiana das Usinas de Açúcar.
Londres/Mumbai - As usinas indianas estão exportando mais açúcar bruto para o Irã e mercados asiáticos, auxiliadas por um pacote de incentivos à produção e pela recuperação dos preços mundiais, abocanhando parte da fatia do Brasil, o maior exportador mundial.
"Há uma forte corrente de comércio físico da Índia, ajudada pelo rali nos preços mundiais do açúcar, incentivos à exportação e a compensação da rupia (a moeda indiana)", disse Jonathan Kingsman, chefe da divisão para agricultura do provedor de dados Platts.
As usinas indianas com problemas de liquidez, que têm enfrentado dificuldades para pagar os produtores de cana devido aos baixos preços globais do açúcar, receberam um impulso no mês passado, quando as autoridades aprovaram um pacote de incentivos no valor de 3.300 rupias por tonelada para estimular as exportações de estoques substanciais.
Uma fonte sênior do mercado europeu estimou que as usinas indianas venderam cerca de 315 mil toneladas de açúcar bruto para o Irã de dezembro a março, e que mais 200 mil toneladas de açúcar bruto indiano foram vendidos a comerciantes locais no Irã.
De acordo com estimativas da indústria indiana, as usinas poderiam vender um adicional de 250 mil toneladas para o Irã nesta temporada.
As exportações têm sido principalmente para o Irã, com o incentivo financeiro adicional pelo mecanismo chamado compensação da rupia somando-se ao prêmio de 15 a 30 dólares por tonelada para as usinas indianas.
A Kingsman disse que Bangladesh e Malásia estão entre outros mercados para onde a Índia tem feito as vendas, em detrimento do Brasil.
Os contratos futuros do açúcar bruto subiram para o pico de quatro meses no início do mês, por preocupações de que a seca no Brasil pode atingir a produção, tornando as exportações mais atrativas para as usinas indianas.
Malásia e Indonésia
Naim Beydoun, da Swiss Sugar Brokers, disse acreditar que vendas de açúcar bruto indiano para a Malásia e a Indonésia poderão ocorrer nos próximos meses, se o produto for competitivo em termos de qualidade.
Ele também disse que as ofertas de açúcar bruto indiano no mercado internacional podem corroer os negócios no mercado físico para o Brasil, o maior exportador.
"Se você considera os subsídios indianos, a disponibilidade de açúcar tailandês, e o preço do açúcar em alta, isso não é propício para preços à vista firmes para o Brasil", disse Beydoun.
O açúcar bruto de alta qualidade brasileiro foi ofertado com um desconto de 25 a 30 pontos sobre o contrato maio na ICE esta semana, sinalizando demanda física moderada.
A Índia, maior consumidor global e segundo maior produtor do mundo depois do Brasil, pode oscilar de exportador líquido a importador. Quando a Índia exporta o adoçante, normalmente ela vende o açúcar branco de baixa qualidade para os mercados regionais.
A Índia exportou 1,2 milhão de toneladas de açúcar entre outubro e fevereiro, incluindo 500 mil toneladas do açúcar bruto, de acordo com a Associação Indiana das Usinas de Açúcar.