A inadimplência das pessoas físicas recuou 5,1% em agosto, frente a julho. A retração ocorreu após um aumento de 2,6% no número de inadimplentes no mês retrasado. De acordo com a Serasa, empresa especializada em análise de crédito, o aumento do salário mínimo, o crescimento da renda e do emprego formal e os baixos índices de inflação atenuaram a falta de pagamento no mês passado.

O desempenho, porém, não é favorável em outras comparações. Em relação a agosto de 2005, a inadimplência subiu 5,6%. No acumulado dos oito primeiros meses do ano, o incremento foi ainda maior: 14,2% sobre igual período do ano passado. Segundo a Serasa, esse crescimento deve-se ao elevado nível de endividamento dos consumidores, estimulado pela maior oferta de crédito e por prazos maiores de pagamento.

A Serasa informou, ainda, que 33,6% da inadimplência de agosto referiu-se a dívidas com cartões de crédito e financeiras. As pendências com bancos representaram 31,9% dos inadimplentes. Em seguida, ficaram os cheques sem fundo, com participação de 31,6%. Por último, os títulos protestados foram a menor forma de inadimplência - 2,9% do total.

O valor médio dos cheques sem fundo, entre janeiro e agosto, foi de 574,61 reais. Já o dos títulos protestados foi de 787,88 reais, e o das dívidas bancárias, 1 107,38 reais. A dívida média com cartões de crédito e financeiras ficou em 308,44 reais.