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Importações de soja da China deverão subir no 2º trimestre

Maior comprador mundial de soja deve importar mais de 15 milhões de toneladas da oleaginosa no segundo trimestre do ano

Grãos de soja são descarregados em caminhão: atrasos nos portos brasileiros podem postergar embarques (Paulo Whitaker/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2013 às 11h43.

Pequim/Cingapura - A China , maior comprador mundial de soja, deve importar mais de 15 milhões de toneladas da oleaginosa no segundo trimestre do ano, alta de 36 por cento ante a estimativa de compras para o período entre janeiro e março, mas atrasos nos portos brasileiros podem postergar embarques.

Uma lentidão na oferta da América do Sul poderia forçar a China a agendar cargas dos Estados Unidos, apertando ainda mais os estoques norte-americanos e impulsionando os preços na bolsa de Chicago.

"Cargas do Brasil atrasam todos os anos durante este período, mas neste anos a situação pode ser pior", disse o gerente de uma trading em Pequim.

"O Brasil está esperando uma safra recorde de soja, enquanto a seca nos EUA no ano passado faz com que o Brasil tenha que exportar mais milho também." Compradores chineses tem agendado muitas cargas de soja da América do Sul no último mês, ao mesmo tempo em que cancelaram pedidos de soja dos EUA no fim de dezembro para se beneficiarem de preços mais baixos na América do Sul.

Os EUA, o maior exportador mundial de milho e soja, sofreu a pior seca em mais de meio século em 2012, o que reduziu a disponibilidade dos grãos.

O Brasil deve ter uma safra de soja 30 por cento maior que a da última temporada, o que é bom para os importadores, mas não acrescentou nenhuma nova capacidade em seus portos.

Há estimativas de que a falta de caminhões e a concentração da safra nos meses de fevereiro e março possa causar atrasos maiores que os habituais no escoamento da safra. A consultoria Agroconsult chegou a estimar que a espera dos navios poderia chegar a 45 dias no pico da safra.


Para cobrir uma falta antecipada para o período, esmagadoras chinesas já compraram mais de meio milhão de toneladas da costa noroeste dos EUA nas últimas duas semanas, o que sustentou preços em Chicago nesta semana.

"Algum atraso nos carregamentos do Brasil é esperado, por isso os importadores têm que se precaver", disse um trader de soja sediado em Cingapura. "Agora resta saber se a situação será pior que a esperada ou não." Os EUA terão estoques bastante apertados para embarque depois de fevereiro e até a próxima colheita, seis meses depois, colocando pressão na América do Sul para atender a demanda, disse Thomas Mielke, editor do informativo da consultoria alemã Oil World.

Esmagadoras chinesas precisam de pelo menos cinco milhões de toneladas de soja por mês no segundo trimestre com os produtores rurais locais recompondo rebanhos depois do grande volume de abates que antecede o feriado do Ano Novo lunar, que cai em 10 de fevereiro neste ano.

As importações chinesas de soja entre abril e junho deverão alcançar 15 milhões de toneladas, um alta ante a estimativa de 11 milhões de toneladas no primeiro trimestre, de acordo com o Centro Nacional de Informações sobre Grãos e Óleos da China (CNGOIC, na sigla em inglês), um órgão oficial de pesquisa.

Os criadores de suínos passaram a ter lucros desde o ano passado após uma alta nos preços domésticos da carne, que atingiu o maior patamar em um ano em janeiro, disse o Ministério do Comércio.

A relação entre preços dos suínos e preços do milho, um indicador de rentabilidade no curto prazo no setor, atingiu 7 por 1 em janeiro, também o valor mais alto em um ano, o que deverá estimular criadores a aumentar o rebanho e elevar a produção, disse o ministério.

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Uma lentidão na oferta da América do Sul poderia forçar a China a agendar cargas dos Estados Unidos, apertando ainda mais os estoques norte-americanos e impulsionando os preços na bolsa de Chicago.

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"O Brasil está esperando uma safra recorde de soja, enquanto a seca nos EUA no ano passado faz com que o Brasil tenha que exportar mais milho também." Compradores chineses tem agendado muitas cargas de soja da América do Sul no último mês, ao mesmo tempo em que cancelaram pedidos de soja dos EUA no fim de dezembro para se beneficiarem de preços mais baixos na América do Sul.

Os EUA, o maior exportador mundial de milho e soja, sofreu a pior seca em mais de meio século em 2012, o que reduziu a disponibilidade dos grãos.

O Brasil deve ter uma safra de soja 30 por cento maior que a da última temporada, o que é bom para os importadores, mas não acrescentou nenhuma nova capacidade em seus portos.

Há estimativas de que a falta de caminhões e a concentração da safra nos meses de fevereiro e março possa causar atrasos maiores que os habituais no escoamento da safra. A consultoria Agroconsult chegou a estimar que a espera dos navios poderia chegar a 45 dias no pico da safra.


Para cobrir uma falta antecipada para o período, esmagadoras chinesas já compraram mais de meio milhão de toneladas da costa noroeste dos EUA nas últimas duas semanas, o que sustentou preços em Chicago nesta semana.

"Algum atraso nos carregamentos do Brasil é esperado, por isso os importadores têm que se precaver", disse um trader de soja sediado em Cingapura. "Agora resta saber se a situação será pior que a esperada ou não." Os EUA terão estoques bastante apertados para embarque depois de fevereiro e até a próxima colheita, seis meses depois, colocando pressão na América do Sul para atender a demanda, disse Thomas Mielke, editor do informativo da consultoria alemã Oil World.

Esmagadoras chinesas precisam de pelo menos cinco milhões de toneladas de soja por mês no segundo trimestre com os produtores rurais locais recompondo rebanhos depois do grande volume de abates que antecede o feriado do Ano Novo lunar, que cai em 10 de fevereiro neste ano.

As importações chinesas de soja entre abril e junho deverão alcançar 15 milhões de toneladas, um alta ante a estimativa de 11 milhões de toneladas no primeiro trimestre, de acordo com o Centro Nacional de Informações sobre Grãos e Óleos da China (CNGOIC, na sigla em inglês), um órgão oficial de pesquisa.

Os criadores de suínos passaram a ter lucros desde o ano passado após uma alta nos preços domésticos da carne, que atingiu o maior patamar em um ano em janeiro, disse o Ministério do Comércio.

A relação entre preços dos suínos e preços do milho, um indicador de rentabilidade no curto prazo no setor, atingiu 7 por 1 em janeiro, também o valor mais alto em um ano, o que deverá estimular criadores a aumentar o rebanho e elevar a produção, disse o ministério.

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