IGP-M registra deflação de 1% em junho

A inflação medida pelo IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado), do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da Fundação Getulio Vargas, registrou deflação de 1% em junho. A queda é bem maior do que a projetada pelo mercado, que estimava uma deflação de até 0,68%, e é a maior desde 1989, quando o índice foi criado, para o mês de junho.

O resultado é conseqüência das variações no Índice de Preços por Atacado (IPA) de -1,67%, no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de 0,10% e no Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) de 0,74%.

Em junho, o movimento geral de preços decresceu 0,74 ponto percentual, facilitada pela desaceleração de todos os componentes: IPA, IPC e INCC. No mês de maio, o IGP-M fechou cotado com deflação de 0,26%. Apesar do peso menor, o INCC naquele mês teve alta de 2,98%, impedindo uma queda maior no índice.

No atacado, os preços dos Bens de Consumo e os preços dos Bens de Produção registraram a mesma variação percentual de -1,67%. Nos Bens de Consumo a maior pressão, no sentido de baixa, coube ao grupo Alimentação: -2,54%, enquanto nos Bens de Produção a queda mais expressiva ficou por conta do grupo Matérias-Primas Semi-Elaboradas: -2,89%.

No varejo, as pressões mais intensas sobre o índice médio localizaram-se nos grupos Vestuário: 1,21%, Despesas Diversas: 0,93%, Habitação: 0,72%, Saúde e Cuidados Pessoais: 0,33% e Educação, Leitura e Recreação: 0,28%. Alimentação: -0,35% e Transportes: -1,27% situaram-se abaixo da variação média.

No INCC, constata-se que os grupos Materiais e Serviços e Mão-de-Obra pressionaram o índice médio com variações de 0,46% e 1,06% respectivamente.

Dentro do IGP-M, o IPA tem peso 60%, o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), com peso de 30% e o INCC, 10%.