Economia

IBGE registra expansão de emprego em setembro

Houve em setembro uma expansão de 0,8% nos postos de trabalho no setor industrial em relação a agosto, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Agosto também havia registrado crescimento (0,1% na comparação com julho), mas o desempenho recente da indústria não basta para reverter o quadro negativo dos últimos 12 […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h11.

Houve em setembro uma expansão de 0,8% nos postos de trabalho no setor industrial em relação a agosto, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Agosto também havia registrado crescimento (0,1% na comparação com julho), mas o desempenho recente da indústria não basta para reverter o quadro negativo dos últimos 12 meses. Em relação a setembro de 2002, o índice é -1,0% (sexto resultado negativo consecutivo). O acumulado no ano e o acumulado dos últimos 12 meses também são ruins: -0,4% e -0,3%, respectivamente. A Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário foi divulgada nesta terça-feira (18/11).

Os dados do IBGE mostram que a indústria reduziu pela segunda vez consecutiva o valor real da folha de pagamento: entre agosto e setembro houve queda de 0,6%. A folha de pagamento da indústria tem perda real de 4,8% em relação a setembro de 2002 e 5,9% no acumulado do ano. Nos últimos 12 meses houve até uma aceleração no ritmo de queda do total da folha de pagamento, de -4,9% para -5,1%.

Já o indicador do número total de horas pagas na indústria em setembro assinalou uma expansão de 1,9% em relação a agosto. Isso quebra uma série de quatro meses de redução.

Comparação com setembro de 2002
Os setores que mais demitiram foram vestuário (-7,0%), minerais não-metálicos (-7,6%), têxtil (-5,9%) e calçados e couro (-5,2%).

Os locais que sofreram as piores reduções no nível de emprego foram Rio de Janeiro (-5,2%), Rio Grande do Sul (-4,3%) e região Nordeste (-2,2%).

Houve mais contratações que demissões nas indústrias da região Norte e Centro-Oeste (3,2%) e no Paraná (2,3%), com o impulso do setor de alimentos e bebidas, que alcança taxas de 3,4% e 13,2% nos respectivos locais.

Observam-se reduções, em termos reais, na folha de pagamento de 13 dos 14 locais pesquisados. A pior queda foi a do Rio de Janeiro (-16,2%). A região Norte e Centro-Oeste (+4,2%) é o único local pesquisado que apresenta expansão na folha de pagamento real, na comparação com setembro de 2002.

Acumulado do ano
São Paulo (-0,9%) permanece como destaque negativo, dividindo com região Nordeste (-2,1%) e Rio de Janeiro (-3,8%) os principais impactos na queda do emprego. A região Norte e Centro-Oeste registraram aumento de 4,7%.

Quanto à folha de pagamento, o total do país no acumulado do ano apresentou redução de 5,9% e teve como maiores impactos negativos papel e gráfica (-14,3%), minerais não-metálicos (-16,3%) e máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos e de comunicações (-12,6%). Com expansão, figuram apenas os setores de alimentos e bebidas (1,7%) e refino de petróleo e produção de álcool (1,6%).

Apenas as indústrias da região Norte e Centro-Oeste (3,2%) elevaram o total da folha de pagamento real de seus empregados. A maior perda real foi observada no Rio de Janeiro (-13,0%).

Trimestre
Na análise trimestral observa-se um ligeiro aumento no número de dispensas, na passagem do segundo trimestre (-0,8%) para o terceiro (-1,0%). No terceiro trimestre deste ano as indústrias que reduziram mais intensamente a mão-de-obra foram as do Espírito Santo (-8,1%), Ceará (-6,3%) e Rio de Janeiro (-4,6%). Já os aumentos mais expressivos no emprego ocorreram na região Norte e Centro-Oeste (4,0%), Paraná (2,7%) e Santa Catarina (1,6%).

Verificou-se uma redução no ritmo de queda do valor da folha de pagamento da indústria, na passagem do segundo (-6,5%) para o terceiro trimestre (-4,1%).

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