Economia

IBGE aponta aceleração industrial em 12 das 14 regiões pesquisadas

A produção industrial cresceu em 12 das 14 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no primeiro trimestre, na comparação com o último trimestre de 2003. A Bahia foi o destaque do período, ao obter aumento de 6,9% no período, ante queda de 7,9% entre outubro e dezembro. Na média, as indústrias […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h30.

A produção industrial cresceu em 12 das 14 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no primeiro trimestre, na comparação com o último trimestre de 2003. A Bahia foi o destaque do período, ao obter aumento de 6,9% no período, ante queda de 7,9% entre outubro e dezembro. Na média, as indústrias brasileiras produziram 5,8% mais entre janeiro e março, em comparação com igual período de 2003.

Nos últimos 12 meses, a indústria baiana avançou 0,7%. Considerando-se somente março, o incremento foi de 11,4%, estimulado pelos segmentos de produtos químicos (22,7%), celulose e papel (43,3%) e veículos automotores (179,5%). O estado recuou, contudo, em três das nove atividades pesquisadas, com destaque para a metalurgia básica (-10,8%).

Acima da média

Outros três estados ficaram acima da média nacional no primeiro trimestre: Amazonas (16,4%), Paraná (9,3%), São Paulo (também com 6,9%). Somente em março, os amazonenses produziram 33% mais que em igual mês de 2003, revertendo a tendência de fevereiro (queda de 0,1% sobre o mesmo período do ano passado). O desempenho de março foi puxado pelo setor de material eletrônico e de telecomunicações (72,8%), sobretudo devido à maior demanda por televisores e telefones celulares. Nos últimos 12 meses, a indústria do Amazonas avançou 7,5%.

A indústria paulista cresceu pelo quinto mês consecutivo, segundo o IBGE. Em março, a taxa foi de 12,7% sobre março de 2003, acima da média brasileira para a mesma comparação (11,9%). No acumulado do ano, os paulistas registram acréscimo de 6,9% e, nos últimos 12 meses, de 0,6%. Para o desempenho do mês retrasado, contribuiu a expansão de 17 das 20 atividades pesquisadas, com destaque para o setor automotivo (45,4%), máquinas e equipamentos (28,2%) e máquinas e aparelhos elétricos (21,8%). Já os setores de edição e impressão (-12,2%), farmacêutico (-5,6%) e bebidas (-3,8%) reduziram seu ritmo, por serem mais dependentes da evolução da massa salarial.

No primeiro trimestre, São Paulo foi favorecido pela alta de veículos automotores (24,1%), um dos 15 ramos que cresceram no período. A contrapartida foi o setor farmacêutico, com retração de 24,4%, sendo o que mais pressionou o índice.

Desaquecimento

Minas Gerais e Pará foram os dois estados que perderam fôlego na virada do ano. A indústria mineira cresceu 0,7% no primeiro trimestre, ante 2,3% no final do ano passado. Conforme o IBGE, o desaquecimento da indústria extrativa e do setor de veículos automotores explicam a queda da indústria. Entre outubro e dezembro, as duas atividades cresceram 10% e 13,2%, respectivamente. No primeiro trimestre, os índices baixaram para 1,5% e 7,2%.

Para os paraenses, o recuo foi de 0,1 ponto percentual, passando de 5,7% para 5,6% entre o último trimestre de 2003 e o primeiro de 2004. O desempenho é atribuída aos setores de alimentos e bebidas (-24,7%) e madeira (-2%). Nos últimos 12 meses, o estado registra alta de 6,6%.

Apenas o Rio de Janeiro apontou desempenho negativo no período (-0,3% sobre o primeiro trimestre de 2003), pressionado pelos segmentos de "outros produtos químicos" (-16,4%) e pelas indústrias extrativistas (-6,2%). Os fluminenses também registraram queda de 0,8% nos últimos três meses do ano passado. No acumulado de 12 meses, a retração é de 1,2%.

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